DN do MpD: Agostinho Lopes escolhido como Secretário-Geral e Convenção antecipada para finais de 2025
A reunião da Direção Nacional do MpD ficou marcada pelo regresso de Agostinho Lopes como Secretário-Geral do partido e a antecipação da Convenção para o último trimestre deste ano devido as eleições legislativas de 2026. Duas medidas tomadas à medida pelos conselheiros “ventoinhas” com o intuito dessa força política recuperar o terreno perdido nas autárquicas para o PAICV e manter o poder no Parlamento e no Palácio da Várzea.
Agostinho Lopes, nome indicado por Ulisses Correia e Silva para substituir o demissionário Luís Carlos Silva, recebeu voto unânime e admitiu ter pela frente uma luta gigantesca para ajudar o partido a dar a volta aos resultados negativos registados nas autárquicas do dia 1 de dezembro. Lopes, que desempenha pela terceira vez essa função na estrutura partidária do MpD, aposta no aumento da capacidade de comunicação do partido com os militantes e a sociedade para reconquistar a simpatia dos mais afastados.
“Reconheço a mudança que é necessário fazer, por isso é que no dia 11 temos uma reunião para fazer uma avaliação com tranquilidade e com a máxima objetividade possível relativamente a vários fatores que podem ter tido contribuído para os resultados e fazer inversões, alterações necessárias quer a nível do partido e do Governo”, referiu no contacto com a comunicação social. Na sua percepção, ficou claro que não chega fazer obras e realizações para se conquistar a popularidade do eleitorado. Se fosse assim, diz, o MpD ganharia em todas as Câmaras, mesmo naquelas onde não é poder.
Outra decisão da Direção Nacional, que juntou 61 membros na Capital neste final de semana, foi antecipar a Convenção do MpD para finais de 2025, em vez de ser realizada em maio do próximo ano, como mandam os Estatutos. A estratégia é dar mais tempo ao partido para enfrentar a campanha para as eleições legislativas de 2026. Segundo o porta-voz Orlando Delgado, a expectativa é que Ulisses Correia e Silva seja legitimado na Convenção como líder do partido e candidato a mais um mandato como Primeiro-ministro. Delgado frisou que, ao contrário de outros encontros, neste não houve voz dissonante dentro da DN.
No encontro, reconhece o ex-edil da Ribeira Grande de Santo Antão, foi aventada a necessidade de uma remodelação governamental, mas ficou claro entre os conselheiros que se trata de uma competência do Primeiro-ministro, que, neste caso, é também o presidente o MpD. Segundo Orlando Delgado, a Direção Nacional não exigiu, entretanto, mudanças no elenco governativo.
