O vereador Nilton Andrade afirmou, em reação ao anúncio da greve dos bombeiros para o dia 8 de fevereiro, que nenhum sindicato ou instituição tem mais interesse do que a sua pessoa em resolver os problemas que afectam os soldados da paz. Segundo o vereador, há um mês foram à mesa de negociação com o sindicato, mediada pela Direção-Geral do Trabalho, e foi possível chegar a um consenso em todos os pontos do caderno reivindicativo. Pontos que, diz, vêm de vários anos e mandatos anteriores.
“Portanto, eu fiz a minha parte e todos estamos à espera da materialização das ações, que não se tratam de promessas, mas sim de coisas que passam por outros decisores e que estão dando as devidas respostas”, enfatiza Andrade, que esclarece os outros aspectos indicados pelo sindicato para convocar a greve.
Sobre a disponibilidade de mais uma refeição para o pessoal do turno que vai da meia-noite às seis da manhã, Anilton Andrade salienta que isso só é possível com a confeção de alimentos na cozinha do quartel dos bombeiros, um projecto que será materializado em breve. Afiança que é muito difícil encontrar um local disponível e aberto para confecionar 5 refeições nesse horário.
A CMSV, prossegue o vereador, está à espera de algumas peças para poder levar as viaturas dos bombeiros para a inspeção técnica da ITAC. Assegura que o processo foi iniciado e que bastava ao sindicato solicitar informação aos serviços da edilidade.
Anilton Andrade afirma que o subsídio de risco está no acordo e deve ser cumprido. Assegura que o próprio presidente da CMSV deu essa garantia, ele que é a pessoa responsável pela gestão das finanças da autarquia.
“Os bombeiros e os sindicatos sabem que hoje as condições de trabalho são os melhores em todos os sentidos. Temos melhores instalações e humanização na unidade de bombeiros, um corpo de Comando altamente empenhado, bem como parceiros institucionais engajados, os quais muito nos tem ajudado”, frisa Andrade, que diz ter respondido a todas as mensagens e chamadas. Assegura que não lhe falta vontade de fazer melhor e humildade para receber as melhores orientações que possam ser transformadas em ideias construtivas.
Os Bombeiros de São Vicente agendaram uma manifestação silenciosa para o dia 8 de fevereiro, seguida de greve com início no dia seguinte, 9, e término previsto para 14 do mesmo mês, devido ao incumprimento por parte da Câmara Municipal do acordo assinado em sede da Direção-Geral do Trabalho. Antes, esta sexta-feira, as partes voltam a reunir-se na DGT, mas o delegado do Siacsa, Heidi Ganeto, avisa que só vão suspender as suas ações de luta após o cumprimento na integra do acordo.