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Vereador Anilton Andrade acusa edil mindelense de travar reforço de sinalização rodoviária em SV

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O vereador Anilton Andrade, que responde pelo pelouro de Segurança Rodoviária, responsabiliza o presidente da Câmara Municipal de São Vicente pela deficiente sinalização da cidade do Mindelo. Este autarca eleito pela UCID reagia assim a preocupação levantada pelo Mindelinsite relativamente a inexistência de sinais de trânsito no cruzamento da rua Argélia, nas proximidades da Fábrica de Tabacos, que nos últimos três meses registou pelo menos três acidentes com alguma gravidade. 

O assunto foi despoletado por Nuno Ferreira, numa publicação na sua página pessoal no Facebook e suscitou muitas reações de pessoas a criticar a falta de sinais neste cruzamento, relatando experiências e também alguns sustos. “Três acidentes em menos de três meses no mesmo local, apenas porque a Câmara de S. Vicente recusa colocar sinalização neste cruzamento. Este é mais um apelo às autoridades para a colocação de um sinal vertical de STOP. Faço ainda um apelo aos condutores para terem atenção a prioridade à direita enquanto não for colocado o sinal”, escreveu Nuno Ferreira, que se referiu, no entanto, aos vários locais da cidade com sinais a mais. 

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Confrontado, o vereador Anilton Andrade garantiu que tem acompanhado com muita preocupação os acidentes que têm acontecido no local e deslocado para constatar in loco estas situações. O autarca admitiu que reduzir o nível de acidentes rodoviários em São Vicente é a sua ambição, com o reforço da sinalização na vertical e horizontal, mas tem encontrado obstáculos na Câmara Municipal. “Enviamos um projecto às instituições parceiras, solicitando apoio no reforço da sinalização rodoviária da cidade do Mindelo e já tem alguma resposta. Não obstante, temos que dizer que no orçamento da CMSV há verbas aprovadas para responder às necessidades de segurança rodoviária. Entretanto, todas as nossas iniciativas neste sentido não têm tido autorização do Dr. Augusto Neves”.  

De forma mais concreta, este autarca eleito pela lista da UCID em São Vicente acusa o presidente da CMSV de travar a colocação de quebra-molas, sinais de trânsito e semáforos luminoso, ainda que este último tenha sido aprovado no primeiro orçamento deste mandato. “Foi por isso que solicitamos apoio das instituições parceiras. Também já tivemos dois encontros de trabalho com a Direcção-Geral dos Transportes Rodoviários em S. Vicente e outros parceiros ligados à segurança rodoviária, que foram extremamente frutíferos. Constituímos uma comissão técnica, com a anuência, apoio e presença do Delegado e deslocamo-nos ao terreno para realizar os devidos levantamentos”, detalha.

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Entretanto, prossegue, todo esse esforço não terá nenhum efeito se a Câmara também não cumprir a sua parte, enfatiza o vereador Anilton Andrade, que diz esperar que o presidente Augusto Neves autorize a realização das despesas previstas no orçamento para este sector.

Fonte do departamento de Trânsito da Polícia Nacional em São Vicente confirma que o cruzamento da Rua Argélia é perigoso e exige sinalização urgente. Este diz ainda que, há cerca de um mês, foi entregue na CMSV um documento elencando os vários lugares na ilha que demandam sinalização. “Foi realizado um encontro entre o Comandante de Trânsito e o vereador da área. Na sequência, fez-se um levantamento de todos os locais de SV que precisam de ser sinalizados, que já está na posse da CMSV.”

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Relativamente a este cruzamento em particular, a nossa fonte explica que, para se resolver o problema, teria de ser colocado sinais de Stop ou de cedência de prioridade nos dois lados. “Neste momento temos um cruzamento sem nenhum sinal de trânsito, o que é grave. E já houve vários acidentes no local. É preciso sinalizar com urgência este cruzamento“, remata.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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