O Governo deveria aumentar em pelo menos 30 mil contos a verba para acudir as famílias afectadas pela chuva em S. Vicente, mas tendo o cuidado de fazer a gestão directa desse fundo para não ser usado como instrumento de campanha eleitoral. Este é o posicionamento da UCID, que visitou várias zonas e concluiu que mais de 20 agregados foram profundamente atingidos pela precipitação, em especial em Covada d’Bruxa, Alto Casa d’Aga, Fonte Francês (Tinise) e La Garrafa, em Chã d’Alecrim. Para António Monteiro, presidente dos democratas-cristãos, essas situações são fruto de uma má planificação da cidade do Mindelo e de uma aposta errada da Câmara de S. Vicente.
Pelas contas dos democratas-cristãos, os 20 mil contos prometidos pelo Executivo para ajudar a CMSV a resolver os impactos da chuva são manifestamente insuficientes. Segundo António Monteiro, esse montante seria consumido apenas em Monte Sossego. Por isso entende que o valor deveria ser aumentado, no mínimo, para 50 mil contos.
Asfaltagem
Aproveitando a conferência de imprensa, a UCID criticou a forma como a asfaltagem está a ser feita na área da Praça Estrela. Monteiro realça que ontem constatou que estavam a fazer os trabalhos em pleno ambiente de chuva, o que é contraproducente. “Estivemos a observar os trabalhos e, por aquilo que conhecemos, é tecnicamente desaconselhável asfaltar em tempo de chuva. Isto porque o asfalto precisa atingir os 150° para ser compactado e essa temperatura não é atingida quando o chão está molhado e o próprio ambiente está mais suave por causa da chuva”, frisa António monteiro, que pediu à fiscalização para mandar suspender esse troço já que o financiamento dessa obra advém do dinheiro público.