O Tribunal de S. Vicente aplicou prisão preventiva a três dos cinco detidos na operação conjunta da PJ e da PN desencadeada no dia 17 deste mês na localidade de Campim, em S. Vicente. Conforme apurou o Mindelinsite, todos esses elementos já tinham sido visados na Operação Epicentro, realizada em junho deste ano, por suspeita de tráfico de drogas e receptação. Na altura, o juiz decidiu manter 2 deles em liberdade provisória, mas com apresentação obrigatória semanal perante as autoridades. Agora, todos ficaram presos.
Os outros dois dos cinco indivíduos capturados no dia 17 ficaram sob termo de identidade e residência. Em comunicado, a Judiciária informa que, no decurso desta segunda operação realizada em Campim, efectuaram buscas em 4 residências, que resultaram na apreensão de canábis e cocaína, além de 24 contos em dinheiro, 1 motociclo, perfumes, sapatos, materiais elétricos e diversos objetos com relevância para a investigação. Relativamente aos arguidos, estes tinham na sua posse, segundo a PJ, um total de 112 gramas de canábis e 1,5 gramas de cocaína.
Fonte da Judiciária assegurou ao Mindelinsite, entretanto, que a operação cumpriu rigorosamente a legalidade. Explica que jamais a PJ iria preparar tamanha logística, ao ponto de envolver agentes da Polícia Nacional, e deixar de cumprir um requisito básico como munir-se de mandados de busca e apreensão. Este foi o comentário feito quando foi confrontada com uma denúncia do jurista Armindo Gomes, que levanta a hipótese de a PJ ter invadido uma residência sem a competente autorização judicial.