Duas terapeutas de fala da Speech Care estarão em São Vicente nos dias 13 e 14 do corrente para ministrar um curso em Comunicação, Linguagem e Fala, dirigido ao pessoal do Centro Social SOS Mindelo e instituições parceiras. Esta formação, que é uma replica de uma outra em curso na Praia, tem por objectivo maior preparar as pessoas e instituições que, no futuro, poderão apoiar as pretensões do Centro de abrir uma creche para acolher os filhos menores dos seus beneficiários.
A réplica da formação em Comunicação, Linguagem e Fala emSão Vicente ocorre no quadro de um Acordo de Cooperação assinado entre em Novembro do ano passado, entre as Aldeias Infantis de Cabo Verde e a SpeechCare. Segundo a psicóloga do Centro Social SOS do Mindelo, o publico-alvo são os técnico da casa e também algumas instituições parceiras que trabalham na área da comunicação, linguagem e fala. “Convidamos pessoal que trabalha nas salas de recurso e da área da saúde, nomeadamente psicólogos, fonoaudiólogos e educadores, e dirigentes de jardins, tendo em conta a questão da estimulação precoce a nível da comunicação, da linguagem e da fala” , diz Patrícia Évora.
Para esta psicologa de formação, o objectivo maior é que estas instituições parceiras venham a colaborar com o Centro Social Aldeia SOS não só na avaliação das crianças com necessidade especiais, como também na construção e adaptação de materiais de trabalho a realidade do país. “Muitos quadros de Cabo Verde fizeram a sua formação la2 fora e não têm materiais ou equipamentos mais específicos da nossa realidade para trabalhar com estas crianças. O que queremos é trabalhar com estes profissionais, produzir e adaptar estes recursos à nossa realidade”, pontua.
Com este propósito, os participantes desta formação terão antes, no dia 13, dois encontros, sendo o primeiro direccionado apenas para os psicólogos e o segundo aberto à todas as instituições, nomeadamente escolas e salas de recurso por forma a fazerem identificação de necessidades a nível do trabalho, ferramentas, metodologia e materiais. “Pensamos fazer uma especie de diagnostico junto com os psicólogos e com os demais profissionais da área. Isto porque temos um projecto de construir uma creche no Centro Social para dar atenção aos nossos beneficiários, que muitas vezes participam das nossas formações mas não têm com quem deixar os filhos menores.”
Patricia Évora acredita que, com isso, as mães poderão ficar mais tranquila e tirar maior proveito das formações porque sabem que as crianças estarão protegidas e em actividades. Sobre a creche, esta explica que neste momento estão a fazer as devidas adaptações no espaço onde este vai ser implementado, lembrando que este projecto está virado para quatro comunidades mais vulneráveis de São Vicente com quem o Centro Social SOS tem vindo a trabalhar: Ribeira Bote, Fonte Filipe, Monte Sossego e Ribeirinha, mais concretamente debaixo de João Évora e Zona X.
