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Siacsa anuncia nova greve dos vigilantes de SV para forçar aplicação da nova grelha salarial

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Os vigilantes das três empresas de segurança privada de São Vicente – Sonasa, Sepricav e Silmac – agendaram uma nova greve para os dias 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro de 2022, para forcar a aplicação da nova grelha salarial. A decisão saiu de uma assembleia de trabalhadores, informou ao Mindelinsite o presidente do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Afins (Siacsa). 

Segundo Gilberto Lima, esta greve tem a ver com a nova grelha, que ainda não entrou em vigor, com prejuízos assinaláveis para esses trabalhadores. Reclamam também novos materiais de trabalho, nomeadamente fardamentos, botas e álcool gel. “Há ainda um outro problema candente, ligado ao subsídio nocturno, que não tem sido pago. Se todas estas reivindicações não forem resolvidas até o dia 30 do corrente, os vigilantes de São Vicente iniciam no mesmo dia uma greve de três dias”, especifica. 

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Este dirigente sindical apela por isso às referidas empresas de segurança privada a atenderem às reivindicações o quanto antes, realçando que esta é uma situação que se arrasta há muito tempo. “É uma oportunidade para se resolver estes problemas de uma vez por todas e apaziguar o ambiente laboral neste sector” afirma Gilberto Lima, que destaca o facto desta greve abranger apenas os vigilantes de SV.

Paralelamente, o líder do Siacsa anuncia uma manifestação conexa com participação de trabalhadores da Frescomar, ICCO, Afropans e do Hotel Porto Grande que, diz, estão a enfrentar uma série de problemas, e outros que queiram aderir. A ideia, explica, é chamar a atenção da Inspecção e Direcção-Geral do Trabalho para as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores de uma forma em geral na ilha.

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A manifestação terá lugar em simultâneo com a greve dos vigilantes de segurança privada, ou seja, 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro, à frente do Ministério do Mar, da Inspecção e Direcção-Geral do Trabalho, Sonasa, Silmac e Sepricav. “Estamos a fazer esta greve e manifestação apenas em SV não porque os problemas dos vigilantes tenha sido resolvidos em Santiago, Sal e Boa Vista. Mas os vigilantes destas ilhas dizem estar cansados de tanto fazer barulho e fazer greve. Em SV a classe é mais dinâmica e não desiste, por isso esta greve e manifestação”, refere este sindicalista, que diz esperar uma boa adesão por parte dos trabalhadores da ilha. 

Da parte do Governo, diz o presidente do Siacsa, os vigilantes  já conseguiram os valores mínimos previstos na grelha. O problema agora é com as empresas que trabalham com clientes privados que se recusam a aplicar a grelha.

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De recordar que, na Praia, o vice-presidente do Sindicato Nacional de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pescas também anunciou no dia 9 de dezembro uma greve de três dias no mesmo período para obrigar as empresas de segurança a cumprir o acordo colectivo de trabalho. António Silva garantiu que o que se pretende com esta paralisação e acabar com o “abuso” das empresas de segurança e acusou o Ministério da Administração Interna e a IGT de faltar com a fiscalização e regulação do sector. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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