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Sem guarda, escola Padre Cristiano torna-se alvo de roubos: Segurança do estabelecimento e alimentação das crianças comprometidas

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A escola básica Padre Cristiano, sita no bairro de Chã de Alecrim, tem registado roubos com frequência que estão a privar 164 crianças das refeições quentes e a suscitar um clima intenso de insegurança entre os funcionários. Desde o início deste ano lectivo já aconteceram três casos, que permitiram aos assaltantes roubar gêneros alimentícios e produtos de higiene e limpeza. Para terem acesso ao interior do estabelecimento, os meliantes danificaram grades de proteção do quintal e da porta da cantina, onde os produtos estavam armazenados.

Segundo Lisângela Vitória, responsável da escola, estes incidentes começaram a acontecer desde que o guarda foi para a reforma, em junho do ano passado. Sem a sua presença, o estabelecimento ficou vulnerável e aumentou o sentimento de insegurança dentro e fora do espaço. “Neste momento sentimo-nos muito inseguros. Mesmo com as grades, conseguiram penetrar na escola, arrebentar portas e roubar. O nosso medo maior é entrarmos na escola, depararmos com um estranho cá dentro, sem saber como deveremos reagir”, comenta essa professora.

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Lisângela Vitória enfatiza que a escola é um espaço exposto, que permite a presença de pessoas estranhas. Relata que o telemóvel de uma docente desapareceu durante o período do intervalo, sem saberem até agora como isso aconteceu. Realça igualmente que os alunos correm sérios riscos de acidentes por não disporem de uma área segura para usarem durante o intervalo. Brincam normalmente numa praça transformada em campo de basket 3×3, que fica mesmo junto a uma estrada movimentada. Aliás, há uma paragem de autocarro a escassos metros de distância.

Os roubos estão a afectar a alimentação dos alunos do primeiro ao quarto ano que frequentam o estabelecimento de manhã e à tarde. A directora adianta que ficaram sem oferecer comida às crianças durante dois dias e, devido a situação actual, poderão passar a oferecer apenas canja ou copos de leite. Isto porque, da primeira vez, os meliantes levaram doações em massa, espaguete e outros gêneros. Ficaram alguns sacos de arroz, que roubaram na segunda oportunidade, juntamente com produtos de limpeza. Da terceira vez roçaram açúcar, óleo, arroz, massa, materiais de limpeza, produtos de higiene…

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A escola já apresentou queixa à Polícia Judiciária e comunicou os casos à Delegação Escolar. Está à espera do reabastecimento dos gêneros alimentícios e da contratação de um novo guarda.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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