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Santa Luzia: Mais de 20 toneladas de lixo recolhidos em três dias

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Mais de 20 toneladas de lixo foram recolhido durante os três dias de campanha – de 10 a 14 – por 30 pessoas, entre voluntários das universidades do Mindelo e Lusófona, técnicos da Direcção Nacional de Ambiente e do Global Seashepherd na ilha de Santa Luzia. Segundo o presidente do Biofera Cabo Verde, cerca de 90% do lixo é de origem pesqueira – redes de pesca, linhas, boias, covos e bandejas de transporte de pescado.

Este resultado leva Tommy Melo a fazer um balanço positivo desta acção de recolha de lixo, grande parte descartado por navios de pesca industrial, mas que não são identificáveis. “Felizmente, conseguimos identificar parte dos materiais que são usado por alguns países, caso por exemplo da Mauritânia. Vamos informar estes países que o seu lixo está a invadir zonas de nidificação de tartaruga na ilha de Santa Luzia e tentar sensibilizá-los. Sabemos que são países que têm preocupações ambientais, pelo que vamos ver se nos ajudam a tirar este lixo da ilha de Santo Luzia”, diz Tommy Melo.

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Parte do lixo identificado, cerca de duas toneladas, foi trazidos para São Vicente a bordo do navio Seashepherd, parceira da Biosfera. O resto foi acondicionado em um buraco. “Acondicionamos cerca de 18 toneladas de lixo, não identificado, até que encontrarmos uma forma de retirar os detritos da ilha. Neste sentido, já lançamos uma campanha internacional para os grandes parceiros de Cabo Verde – os Estados Unidos e algum país da Europa – arranjarmos um helicóptero para trazer o lixo para a lixeira em S.Vicente”.

Nas campanhas realizadas em anos anteriores na ilha desértica de Santa Luzia, diz Melo, o lixo recolhido era queimado no local, até porque é preciso percorrer cerca de três quilómetros a pé até chegar ao navio. Neste momento porque Santa Luzia está a concorrer ao selo de garantia “Ilhassustentáveis” não pode seguir por esta via. Isso porque, afirma, um dos critérios para conseguir este selo é evitar a queima do lixo.

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Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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6 Comentários

  1. Até que enfim uma boa notícia para a preservação da biodiversidade caboverdiana e espero que haja mais iniciativas como esta em todas as ilhas e ilhéus.
    Agradecimentos as equipas que trabalharam ardualmente nesta tarefa a qual toda a população mindelense deveria fazer em vez de fazerem papel de ” preguiçosos e folgados depois de 1 dia de trabói”.

  2. Em S. Vicente não existe nenhuma incineradora. Arranjar helicóptero para colocar o lixo em embarcações, para ser transportado para S. Vicente, com custos enormes, para depois ser queimado em S. Vicente, então, queime-se logo aí onde está. Não se quer poluir o ambiente das cagarras e dos lagartos em Santa Luzia, mas pode-se poluir o ambiente das pessoas em S. Vicente … ! Ainda se fosse para se transportar o plástico para a fábrica de azulejos do Paúl, vá que não vá. E o Fundo do Ambiente, não pode ajudar?

  3. Em toda a parte existe gente preguiçosa e folgada. Cuidado com generalizações!!!
    Alguem disse que “a criatividade e inteligência de um povo mede-se pela sua capacidade de aproveitar o seu tempo livre”
    Sou caseira e admiradora dos festeiros..kkkkk

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