A Organização das Mulheres de Cabo Verde em São Vicente traçou a meta de oferecer casas-de-banho a dez moradias e os trabalhos deverão começar este mês. A ideia surgiu há alguns anos e desde 2019 que as famílias a serem contempladas foram identificadas. Das cartas endereçadas a vinte empresas e instituições, apenas 3 retornaram com resposta positiva ao apelo e já há material básico para o início das obras.
“A empresa Prolar foi a primeira a aderir à causa, seguida pela ENAPOR e a ABRUDI. São ajudas que nos irão permitir colocar em prática o projeto. Mas ainda faltam alguns materiais para que sejam casas-de-banho com o mínimo de condições”, garante a responsável pela delegação da OMCV em São Vicente. Fátima Balbina acrescenta que as 10 famílias que serão contempladas com o programa são de cinco zonas distintas, devendo o projeto abranger duas por zona.
Na altura das visitas, assegura que foram identificadas algumas prioridades para as casas e este compartimento foi a que pareceu mais urgente. Mesmo assim garante que não prometeram nada nas visitas às mais de centena de famílias vulneráveis.
Tendo em conta a quantidade de outros possíveis beneficiários, Balbina está otimista que outros apoios irão chegar e ambiciona dobrar as intervenções nas comunidades, já que a ideia é beneficiar 20 agregados familiares desfavorecidos economicamente. O projecto irá utilizar a mão-de-obra de membros das famílias beneficiárias, que irão ajudar na construção das respectivas casas-de-banho. Entretanto, Fátima Balbina solicita o apoio de mais técnicos qualificados e voluntários para o início das obras.
Uma das condições para a seleção da família foi que a casa própria deveria estar legalizada. Além disso foram selecionadas apenas casas com mulheres como chefes de família.
O próximo passo será o melhoramento das condições de saneamento, pelo que será solicitado o apoio à Câmara de S. Vicente na ligação à rede de esgoto.
O plano é ter todas as condições para que os trabalhos comecem neste mês e terminem em julho.
Sidneia Newton
