O médico Gilson Alves será julgado no dia 14 de maio pelo alegado cometimento do crime de homicídio na forma tentada contra o músico Djassa Pereira, na localidade de Chã d’Alecrim. Além deste delito, o ex-candidato a Presidente da República vai responder perante o Tribunal de S. Vicente por ofensa à integridade física e crime de armas.
Detido na cadeia de Ribeirinha desde junho passado, Gilson Alves é suspeito de ter efectuado disparos contra a residência de Djassa na localidade de Chã de Alecrim no dia 2 desse mês, mas alega inocência. O arguido chegou mesmo a solicitar uma Audiência Contraditória Preliminar no mês de dezembro com o intuito de evitar o prosseguimento e o consequente julgamento, mas sem sucesso. Na ACP, alegou, conforme relato da agência Inforpress, que estava na casa de uma mulher na hora da ocorrência.
A testemunha apontada pelo arguido foi ouvida nessa sessão e confirmou essa informação, que foi, no entanto, contrariada com os depoimentos do ofendido Djassa e da sua filha. Estes afirmaram que estavam na varanda da casa quando os disparos foram efectuados e apontaram Gilson Alves como o autor.
Em suma, a juiza da ACP entendeu que havia indícios suficientes para se imputar a Gilson Alves a prática de um crime de tentativa de homicídio e indicou o encaminhamento do caso para a fase de julgamento. A sessão ficou inicialmente agendada para 9 de abril, mas foi adiada para 14 de maio a pedido da defesa do arguido.
Amigos de outrora, a relação entre Gilson Alves e Djassa Pereira começou a azedar-se e chegou ao ponto de descambar para agressão física. Djassa chegou a acusar Gilson de o ter atacado com uma barra de ferro, enquanto Gilson apresentou queixa contra o músico por suposta ameaça também com arma branca.