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Jovem desaparece no mar da praia de Jon d’Ébra, em S. Vicente

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Um homem de 33 anos, residente na zona da Ribeira Bote, está desaparecido no mar de Jon d’Ébra desde a tarde de ontem. Helder “Tchukin” Spencer Alves estava num passeio-convívio com outros colegas de trabalho da empresa Eloy Neves quando foi arrastado por fortes correntes, conta ao Mindelinsite a irmã Memente d’ Mar Canal, a partir da praia, onde acompanha neste momento os trabalho de busca junto com outros familiares.

De acordo com esta nossa fonte, passava das 14 horas de ontem quando Tchukin decidiu ir tomar um banho de mar. Ele e outros colegas entraram na água e, de imediato, começaram a ser arrastados pela corrente. “Foi tudo muito rápido. Os companheiros nada conseguiram fazer. Aliás, por pouco a tragédia não foi maior porque o mar ainda tentou arrastar outras pessoas” revela a irmã do jovem desaparecido.

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Foto “Txukin” – Facebook

Ao perceberem que, sozinhos, não conseguiriam socorrer a vítima, os companheiros accionaram os Bombeiros Municipais, que prontamente se deslocaram a essa praia. As buscas feitas durante toda a tarde de ontem revelaram-se infrutíferas, pelo que desde as primeiras horas de hoje os Serviços de Proteção Civil estão no terreno. 

O capitão Rocha confirma que foram accionados pelos BM por volta das 14h25 e, de imediato, mobilizaram alguns meios, nomeadamente o navio Nho Martinho e uma embarcação semi-rígida, esta última com dois mergulhadores. “Estivemos no mar até por volta das 19h30, mas tivemos que suspender as buscas devido a falta de visibilidade e outros condicionantes. Para se ter uma ideia, as ondas eram superiores a dois metros”, informa.

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Hoje, segunda-feira, as buscas foram retomadas por volta das 7h30 da manhã, com os mesmos meios, reforçados com mais dois mergulhadores. O Serviço de Protecção Civil levou ainda uma equipa formada por quatro militares -mergulhadores para efectuarem uma busca superficial.

No entanto, de acordo com o Capitão Rocha, tal não foi possível devido as condições do mar. É que hoje o mar está ainda mais revolto, com ondas superiores a dois metros. Também levaram um tio do jovem desaparecido, que chegou a ser arrastado junto com Tchukin, mas conseguiu voltar para terra. “Levamos este familiar para que pudesse nos indicar exactamente onde foram arrastados e em que direcção seguiu o seu sobrinho”, acrescentou o capitão Rocha.

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Este é o segundo caso de desaparecimento nessa praia só este ano. Em Abril, Odair Pires, 31 anos, foi também arrastado pela corrente e nunca mais o corpo foi encontrado. Desconfia-se que tenha cometido suicídio.

Constança de Pina

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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5 Comentários

  1. Esse mar não é brinquedo não! A Ponta de João Évora ou assim conhecido pelos mindelenese como praia de Jon d’Ebra é um matadouro. Quando era criança, fui a uma despedida de solteiros e nessa praia morreram cinco pessoas duma sacada.

    Alguém foi puxado pelas águas assim foram mortos os noivos e mais 3 pessoas que tentaram ajudar e foram por sua vez arrastando pela forte corrente dessa praia.

    Essa praia deveria ser interditada a banhistas.

  2. Eu, quando vou à praia de Jon d’Ebra, tomo banho no máximo até seis metros para fora.
    E isso, se o mar estiver tranquilo.
    Nunca me aventurei a nadar para fora, muito menos se o mar estiver revolto, ou com a corrente.
    No mais, é de todos conhecida como, A FAMOSA PRAIA MAIS “PERIGOSA” DE S.VICENTE.
    Por isso, não consigo entender como é que ainda hoje, se vai lá tomar banho sem as devidas precauções.
    Ela é como o canto da sereia porque sem dúvidas que é uma praia muito bonita e bem enquadrada e talvez seja por isso que, mesmo sendo perigosa, acaba por atrair as pessoas.
    Felizmente que incluido num investimento imobiliário já iniciado, um privado Belga irá construir um quebra mar para que definitivamente ela seja transformada numa praia segura.

  3. Esperanca e Ultima amorrer, ma ese praia tem poucos recordacoes boas, nunca mtive la e mcatem nada kba fazel la. Ma outuridades de soncente devia proibid bonhe nese praia. Familiares e amigos te mergulhod num tristeza grinhesim, KE Deus te da se Mae muita forca nese moment, e tud sis familia. Mte ma bzot nese moment delicod.

  4. De facto, uma proibicao temporaria ate que os quebra-mar (sao dois no projecto) sejam construidos, seria a melhor decisao.
    Ha mais de sessenta anos que conheco essa fama daquela praia como perigosa e relatos de mortes e mais mortes a atravessar os tempos no entanto, as pessoas continuam a escolhe-la para fazerem pik-nics onde se alegram, ouvem musica, bebem, dançam, efc.
    Definitivamente é preciso muito cuidado mas tambem, uma interdicao.

  5. É verdade.
    Mesmo conhecendo o perigo, a gente entra na água com a ideia de ficar perto da praia, achando que tudo está controlado, quando despertamos, já temos água na cintura, o mais perigoso é que do nada aparece vagas mais fortes. Pelo pouco que conheço, essa praia, apercebi-me que a corrente é forte e desloca em diferentes posições. Normalmente quando caímos numa corrente de água forte, temos de deixá-la levar-nos até um determinado espaço onde sentimos que ela é mais fraca, ou tentar sair dela pelo fundo, mas em jom d’ebra acho que a corrente tem direções variadas.

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