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Funcionárias da cadeia de S. Vicente recebem dicas de beleza com esteticista Mara Silva na OMCV: “Cuidá d’bô”

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Funcionárias administrativas e agentes penitenciárias da cadeia civil de S. Vicente foram o público-alvo de um workshop intitulado “Cuidá d’bô” ministrado hoje, sábado, pela esteticista Mara Silva na delegação da OMCV. O objectivo foi passar dicas básicas e técnicas simples de maquiagem e cuidados com a pele para essas profissionais, visando, conforme a formadora, o aumento da autoestima.

“Intitulei este projecto ‘Cuidá d’bô’ porque foi concebido para levar as mulheres a terem mais autocuidado. Inicialmente pretendia dar esta rápida formação às reclusas, numa parceria com a OMCV. Mas, como já havia um programa direcionado para as funcionárias avançamos, mas espero realizar o mesmo tipo de ação para as detentas”, diz Mara Silva.

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O workshop deveria envolver 20 funcionárias do serviço penitenciário, mas abrangeu 24 porque algumas mulheres resolveram levar consigo as filhas, o que agradou a esteticista. O workshop decorreu por apenas 3 horas, tempo suficiente para Mara Silva mudar a mentalidade das participantes, como comprovam os depoimentos de duas delas.

A agente penitenciária Maria de Fátima Silva admite que não gostava muito de cuidar do seu rosto, mas que Mara Silva conseguiu mudar isso em pouco tempo, mostrando coisas simples e rápidas que pode fazer antes de sair para o trabalho. “Em pouco tempo levou-me a desconstruir essa ideia. Mara conseguiu mostrar-nos a importância de cuidarmos, pelo menos, do nosso rosto, que é a nossa principal apresentação pessoal”, diz Fatú, como é conhecida.

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Segundo esta carcereira, a partir de agora vai ter sempre o cuidado de passar um hidratante e um protetor solar e fazer a sua make-up para se sentir mais bela. Afinal das contas, diz, há uma mulher feminina por trás da farda.

A agente prisional Dilva Santos admite também que não tem muito essa preocupação em cuidar da pele do rosto devido a característica da sua actividade profissional. Para ela, diz, fazer uma make-up não condizia muito com o seu trabalho, onde, diz, é obrigada a manter uma expressão facil sempre séria. “A nossa actividade profissional leva-nos a ter sempre um rosto sério, até porque a população carcerária é constituída na sua maior parte por homens. É importante para conquistarmos o respeito”, revela Dilva, assegurando que essa atitude funciona dentro do estabelecimento prisional.

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Apesar disso, esta profissional assegura que vai passar a ter mais carinho com a sua pessoa e fazer coisas básicas como cuidar da aparência do seu rosto. “Sim, vou passar a fazer isso todos os dias de manhã”, diz Dilva Santos, que promete passar a ir com outra disposição para o serviço, se sentindo mais cuidada.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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