A Federação Cabo-verdiana de Futebol realçou ontem em comunicado que o acidente que envolveu os jogadores Ponck e Hélder, e resultou na morte de Dukinha, aconteceu no dia seguinte ao jogo entre Cabo Verde e Libéria, após término do estágio, e numa viatura propriedade de um familiar de Ponck. Segundo a FCF, a maioria dos integrantes da seleção tinha a viagem de regresso aos países onde jogam para 11 de outubro pelas 07 horas, no voo de ligação entre S. Vicente e Lisboa, e fez questão de frisar que, após o término do referido encontro e o regresso da caravana ao hotel, terminou o estágio dos “tubarões-azuis”, “como acontece normalmente”.
“A FCF, como sempre, disponibiliza e transporta durante toda a actividade da seleção, nomeadamente nos percursos aeroporto-hotel-aeroporto-hotel-estágio-hotel toda a caravana da seleção no autocarro e nos carros oficiais ao serviço da federação”, salienta a FCF.
Este organismo lembra que o desastre aconteceu no dia seguinte ao jogo Cabo Verde – Libéria e, faz questão de realçar, numa viatura privada propriedade de um familiar de Ponck. No automóvel, prossegue, estavam Ponck e Hélder Tavares, ambos da seleção, o condutor do carro – um familiar de Ponck – e o malogrado Dukinha, amigo próximo dos jogadores. “Do acidente, os jogadores Ponck e Hélder Tavares não sofreram, felizmente, quaisquer ferimentos, tendo os mesmos sido assistidos no local pelos bombeiros e, na presença de um director da seleção nacional, tiveram a oportunidade de falar com os agentes da Polícia Nacional que para ali se deslocaram”, informa a FCF em nota remetida à imprensa.
Posto isto, os dois atletas regressaram ao hotel, segundo a FCF, numa viatura ao serviço da seleção. Uma vez no hotel, ambos foram observados pelo médico da seleção e, segundo a FCF, confirma-se que Ponck e Hélder Tavares saíram ilesos do acidente.
O comunicado assegura ainda que os dois internacionais foram ouvidos pela PN como testemunhas do acidente e que tiveram todo o apoio jurídico da parte da federação.
A FCF termina a nota lamentando a “perda irreparável” de Dukinha, única vítima mortal do acidente, e apresenta aos familiares do malogrado os seus sentidos pêsames.
O fatídico acidente aconteceu alguns metros antes da rotunda do aeroporto internacional Cesária Évora resultante de um despiste. Como explica a PN, a viatura que transportava Dukinha embateu na parte traseira de um táxi e caiu numa ribanceira do lado direito da via, no sentido cidade/aeroporto. Dukinha terá falecido ainda no local.