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Escolas em contagem regressiva para o fim da campanha: poluição sonora atrapalha aulas

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Algumas escolas da ilha de S. Vicente têm estado a reclamar da perturbação sonora dos carros de som das campanhas. A concentração das crianças tem sido posta à prova num momento em que a maioria dos alunos dispõe apenas da metade do tempo que antes tinham para as aulas.

A um par de dias do fim da campanha algumas escolas em São Vicente fazem a contagem regresssiva para que isso aconteça, visto que a aprendizagem dos alunos tem sido afectada por conta dessa poluiçāo. Isso porque, além do menor tempo que os professores possuem para passar as matérias, têm lidado com a desatenção dos estudantes sempre que estão por perto os carros de som anunciando as propostas políticas.

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O diretor da Escola João José dos Santos considera que o facto da instituição estar entre duas estradas seja problema já que convivem com o problema do som alto constantemente. “É um enorme constrangimento, acho que deveria haver uma articulação ente pessoas que gerem as campanhas e os partidos políticos  para que quando passassem em frente a uma intituição, principalmente escolas e hospitais, deveriam baixar o volume dos altifalantes”, propõe Emerson Figueiredo, diretor a escola Joao José dos Santos”. Ele considera um “absurdo” que isso não tenha vindo a acontecer, pelo que de “cinco em cinco minutos” passa um carro a publicitar determinados partidos políticos. 

 Além de concordar que a campanha seja inevitável e necessária, visto que o voto é um dever de todos os cidadãos maiores de 18 anos, propõe que sejam encontradas outras estratégias que não envolvessem as imediações de instituições de ensino ou hospitais.

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Devido as reclamações dos professores, garante que passou estas preocupações para o ministério da Educação.

O problema não parece ser exclusivo da escola da Ribeirinha. A secundária Jorge Barbosa também “sofre” com as constantes passagens de carros com altifalantes de campanha. Nesses dias, uma professora, que prefere anonimato assegura que a “afronta” era tanta que chegou a pensar em chamar a polícia.

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Porém, noutra escola da Ribeirinha esse fenômeno passou quase que despercebido. A gestora do estabelecimento Juvino Santos garante que a campanha em nada tem atrapalhado o funcionamento das aulas. Dos 14 professores afirma ter recebido reclamação apenas de um.

Admite, no entanto, que no início do período de campanha tiveram a necessidade de chamar a atenção de um grupo que passava junto da escola e que surtiu efeito.

Apesar da campanha estar na recta final, as escolas acreditam que são necessárias pedagogia e muita sensibilidade para saberem respeitar as proximidades dos locais mais sensíveis.

Sidneia Newton

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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