Dois homens suspeitos de burlar pelo menos uma residencial e um hotel em S. Vicente foram denunciados à Polícia Nacional, mas foi impossível ao Mindelinsite confirmar se acabaram detidos. No entanto, Adílsia Ramos, gerente da residencial Arco Iris, garante que accionou a PN, que se inteirou do ocorrido e levou a dupla para a Esquadra. No caso do Morenos Boutique Hotel, os alegados burlões fugiram depois que a gerência ameaçou chamar as autoridades e deixaram por pagar uma conta de quase uma semana de hospedagem. E tudo indica que os suspeitos procuraram outra vítima, neste caso a residencial Arco Iris. Entretanto, este espaço soube que os dois indivíduos estiveram também hospedados numa terceira unidade.
Amaral e Lopes, apelidos constantes dos seus passaportes de São Tomé e Príncipe, terão usado a mesma estratégia: chegar ao hotel bem-trajados, com pastas na mão e ar de empresários bem-sucedidos. Nas duas unidades disseram que tinham negócios na área da conserva de pescado e que pretendiam investir em Cabo Verde na comercialização de mariscos frescos e congelados.
“Chegaram e apresentaram-se como empresários e disseram que queriam ficar dois meses na residencial. Nesse dia eu estava triste por causa da morte de um amigo e fui informada que tinham chegado assim que sai do funeral. Quando cheguei disseram que tinham ido buscar roupa lavada numa lavandaria e um deles tinha um pequeno caixote nas mãos”, conta Adílsia Ramos, que, entretanto, informou aos dois hóspedes que teriam que pagar alguns dias adiantados. “Quando lhes disse isso começaram com uma série de promessas e ofertas, que me iam dar isto e aquilo para fazer almoços, etc. Senti logo que algo não batia certo.”
Accionado o alerta, a responsável da residencial Arco Iris ficou mais atenta ao comportamento da dupla. A primeira medida que tomou foi proibir-lhes de tomar as refeições a crédito. No dia seguinte, na primeira oportunidade voltou a falar com eles sobre o pagamento e responderam que iriam fazer isso às quinze horas, assim que levantassem o valor no banco. Mesmo assim, decidiu tomar-lhes a chave da porta de entrada. “Disse-lhes que quando precisassem entrar era só telefonar-me para o móvel porque estou sempre cá”, prossegue Adílsia Ramos, que viu as suas suspeitas aumentarem quando regressaram sem o dinheiro e prometer que iriam resolver o problema no dia seguinte. “Dei-lhes mais uma oportunidade e, ao lembrar-lhes que a hospedagem era mediante pré-pagamento, disseram logo que dinheiro não era um problema para eles.”
Na segunda noite, a gerente não conseguiu dormir. Foi assombrada pela ideia de que estava debaixo do mesmo tecto com dois prováveis bandidos. Na manhã do dia seguinte, os dois homens disseram que iriam sair para buscar o dinheiro do pagamento da hospedagem. Desconfiada, Adílsia Ramos decidiu que um deles iria ao banco e que o outro ficaria à espera na recepção. Comunicada essa decisão, disse, os dois indivíduos ficaram preocupados e começaram a protestar. Enquanto isso, a gerente saiu para a rua e chamou a Polícia Nacional.
Segundo esta fonte, perante esse dilema, os agentes da PN sugeriram que a residencial retivesse os pertences dos dois e que podiam sair e regressar com o dinheiro. Esta proposta foi, no entanto, rejeitada pela gerente. Ela manteve a sua posição, assim um deles saiu para supostamente fazer o levantamento e regressar. Chegou já noite e sem nada. “A mesma desculpa”, realça.
Apesar disso, ela e o marido concordaram em conceder-lhes mais essa noite, na esperança de recuperarem parte do prejuízo no dia seguinte. Nada disso foi conseguido. Os suspeitos terão sido levados pela PN e deixaram na residencial uma mochila e o tal caixote, que disseram era uma encomenda. A mochila tinha uma pente, alguns livros e um estojo vazio, que disseram continha um computador portátil; o pequeno caixote estava com algumas peças de roupa. Nada que pudessem usar para reaver o custo da hospedagem.
“Situação insustentável”
Na Boutique Morenos, essa dupla tentou fazer algo muito parecido. Ao chegarem, apresentaram-se como empresários e disseram que pretendiam passar uma semana e meia hospedados nesse espaço. Era o tempo para supostamente fazerem os contactos empresariais que precisavam na cidade do Mindelo.
No dia seguinte foram recebidos pela gerente, a quem apresentaram um portfólio estruturado sobre a “empresa” e os seus planos em vender frescos e congelados em Cabo Verde. De novo disseram que pretendiam pagar assim que recebessem uma transferência bancária. Conforme um recepcionista, entravam e saíam sempre apressados com pastas nas mãos como se estivessem a ir ou a regressar de importantes reuniões. Mas o pagamento, esse ficava sempre para depois.
“Só que a situação começou a ficar insustentável. Prometiam pagar a uma certa hora e nunca cumpriam. Perante esse comportamento, a gerência ameaçou chamar a polícia. Saíram para buscar o dinheiro e nunca mais voltaram”, conta essa fonte. De novo, a dupla deixou alguns pertences no hotel, mas sem nada de grande valor comercial. Inconformado com o comportamento dos dois indivíduos o Morenos Boutique Hotel decidiu divulgar a foto e os nomes dos suspeitos na sua própria página no Facebook.
Segundo Adílsia Ramos, os suspeitos foram detidos pela PN, no entanto este jornal não conseguiu confirmar essa informação, apesar de ter feito um contacto directo com essa autoridade. Além disso, essa fonte disse que ficou a saber que a dupla terá cometido golpes nas ilhas do Sal e de S. Nicolau e que os dois têm também passaporte cabo-verdiano.
Foi impossível a este jornal saber o paradeiro dos suspeitos e ouvir as suas versões, pelo que serão abordados assim que houver possibilidades. Por este motivo, este jornal evitou divulgar os seus nomes completos, apenas os apelidos.
Nhos ta coca.Nhos tem gana de fazi negocio sem sabi kuzas é modi
kala boka moss. boka fitxadu ka ta entra nem moscas nem saia sneiras. Já agora. a nhós sempre nhós fazi negoci dibaxo di pano. Fika queto na bu lugar pq td mundo já passa pe ser ludibriado. um esquece ma bó é xpertu.
este homem quem fala dele vamos fala de todos homem do mundo por isso nao vamos endeca ninguem com dedo por deus