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CVI quebra silêncio e informa que navio Praia d’ Aguada substitui D. Tututa

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A Cabo Verde Interilhas, concessionária do transporte marítimo de passageiros, veículos e carga nas ligações entre ilhas, quebrou o silêncio para informar que o navio Dona Tututa encontra-se em reparação. A empresa diz ainda que as ligações previstas pelo barco avariado serão efectuadas pelo Praia d’ Aguada e que os clientes estão a ser informados, via SMS, sobre a reposição das viagens. 

O comunicado “curto e seco” foi divulgado na página oficial da CVI e partilhado pelo vice Primeiro-ministro como exemplo de comunicação. Olavo Correia diz que “os clientes merecem ser bem tratados. Eles justificam a existência das empresas. Temos o dever de comunicação aos nossos clientes e de bem servir as pessoas. Servir bem e cada vez melhor, sempre! Buscar sempre as melhores soluções”.

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Mais do que a nota da CVI, este comentário do VPM provocou várias reações dos cabo-verdianos que, contrariando Olavo Correia, sustentam que a empresa precisa melhorar e muito a forma como trata os seus clientes. “Cabo Verde tem um dos piores costomer’s service em todos os departamentos, uma tristeza”, escreve um internauta, enquanto outro concorda que “quem paga, manda.”

Outro copia a afirmação da CVI na nota onde esta diz “continuamos dedicados a encontrar a melhor solução para que consigamos atender às necessidades de transporte”, para dizer que já se passou da hora de resolver o problema de transporte entre as ilhas, que a cada dia é mais uma “quebra-cabeças” para os viajantes, não sabendo quando a ida ou regresso, com consequências e prejuízos avultados. 

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Mais incisivo, outro opta por dar um “puxão de orelhas” ao Ministro. “Vejo uma grande confusão institucional nesse seu post. Um governante com as suas elevadas funções não deveria estar a fazer a divulgação de um comunicado de uma empresa, seja qual for, ademais em se tratando de um operador cuja relação contratual com o Estado se faz através de sector sob sua liderança.”

“Nunca percebi esta subserviência e arreigada complacência deste (des) Governo perante estas empresas de parceiros estratégicos que são incumpridoras, lesam milhares de cidadãos e contribuintes e os leva literalmente no colo. Até quando caminharemos nesta submissão?” interroga um outro internauta, seguido de uma série de lamentos de outros tantos. 

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Em suma, há quem considera que palavras bonitas não vão resolver este problema que os cabo-verdianos enfrentam diariamente e que resulta em estresse e prejuízo financeiro por causa de um “péssimo serviço”, prestado por “uma companhia sem margem de respeito para com as pessoas”.  

Dona Tututa, recorda-se, sofreu uma avaria na terça-feira, infelizmente, um dia depois do Interilhas suspender operações devido a um problema no motor. Com isso, a região Sotavento, que vinha sendo servido por estes dois barcos, ficou sem ligações marítimas, para desespero dos utentes.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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