Os colaboradores do Hospital Baptista de Sousa em S. Vicente, desde serviços gerais, enfermeiros, de entre outros, estão com as horas extras em atraso, segundo informações avançadas por funcionários e confirmadas pelo delegado do Sindicato da Administração Pública, Baltazar Joaquim Oliveira. O atraso remonta ao mês de dezembro de 2020.
Este representante sindical do Sintap explica que há um acordo entre o Ministério da Saúde e os funcionários em que as velas devem ser pagas uma semana após o depósito dos salários mensais, isto é, o mais tardar até o dia 06 de cada mês, o que não tem acontecido. “As velas de dezembro, que deviam ser pagas até o dia 06 de janeiro, ainda não foram liquidadas. E agora já temos acumulado as horas extras também de fevereiro.”
A situação foi comunicada à Secretária-Geral da União Nacional dos Trabalhadores-Central Sindical, que enviou uma missiva ao ministério, mas não obteve resposta. “Infelizmente, os Recursos Humanos do HBS não se disponibilizam para falar com os colaboradores, que mesmo sem receber são obrigados a trabalhar. Os sindicatos têm lutado para resolver esta questão. Durante algum tempo a situação esteve normalizada por conta do acordo, que determina que as velas sejam pagas até o dia 6 do mês seguinte.”
Se o acordo estivesse a ser cumprido, nesta altura as horas extras referentes a dezembro de 2020 e janeiro de 2021 já estariam liquidadas, refere Oliveira, para quem a situação começa a sair do controlo. “Os trabalhadores têm razão de estarem descontentes. As velas são horas tiradas da sua vida. Por isso, devem ser pagas pontualmente”, acrescenta este representante sindical, que aproveita para criticar ainda a postura do HBS, que, diz, deixou claro que tem poder para fazer o que quiser e não precisa dos sindicatos.
Abordada pelo Mindelinsite, a direção do HBS garante que desde sexta-feira depositou o pagamento das horas extras referente à dezembro. Esta não explica, no entanto, quando pretende liquidar as velas de fevereiro.