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CMSV e Ligoc confirmam Carnaval 2022 em São Vicente e esperam desfile de nível igual ao de 2020

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A Câmara Municipal e a Liga Independente dos Grupos Oficiais confirmaram hoje a realização do Carnaval em 2022, considerado um dos maiores eventos culturais e económico de São Vicente. O anúncio foi feito pelo edil Augusto Neves em conferência de imprensa, ele que se fez acompanhar dos presidentes da Ligoc e dos seis grupos oficiais: Monte Sossego, Vindos do Oriente, Cruzeiros do Norte, Estrelas do Mar, Flores do Mindelo e Samba Tropical.

Para o presidente Augusto Neves, este é um momento de muita alegria porque sente que os grupos carnavalescos, através da Liga, estavam com vontade de dinamizar este que é um dos motores da economia da ilha. “Ficamos extremamente satisfeitos porque sabemos que fazemos o Carnaval graças aos grupos e ao sacrifício de muita gente, numa ilha que enfrenta muitas dificuldades. Mas o Carnaval traz a nossa identidade, a nossa cultura, mas também consegue integrar muita gente que precisa trabalhar e que basicamente vivem da produção desta festa e da cultura.”

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Por isso e face a uma melhoria considerável da situação sanitária em Cabo Verde, a CMSV reuniu-se com o delegado de Saúde, Elísio Silva, que se mostrou favorável. Seguiu-se encontros com a Liga e com os grupos carnavalescos e decidiu-se pela realização do Carnaval em 2022. “Acreditamos que ainda vamos a tempo de fazer a nossa festa. É uma retoma muito boa e tudo iremos fazer para que seja pelo menos igual ao de 2020. A CMSV vai se esforçar, os grupos vão correr atrás, esperamos a parceria de empresas e do Governo. Aliás, já iniciamos os contactos.”

Neves justifica esta decisão afirmando que, se São Vicente conseguiu ter algum movimento e avançar ainda que “soluçando”, foi graças ao Carnaval. Exemplifica com a presença no palanque em 2020 de vários empresários e promotores hoteleiros que vieram assistir aos desfiles e ficaram encantados, com reflexo na construção de empreendimentos na ilha. “Espero que os anos vindouros sejam melhores, com o término da construção destes hotéis e com a vinda de mais turistas, mas também com mais trabalho e melhoria da qualidade de vida das pessoas”, augura:

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Presidentes da CMSV, da Ligoc e dos Seis grupos Oficiais

Mas, para isso, desafia os grupos carnavalescos a trabalharem em conjunto e se apoiarem mutuamente, deixando a competição apenas para o dia do desfile no sambódromo do Mindelo. Do lado da Ligoc, a expectativa também é grande. Marco Bento mostrou-se também “muito satisfeito” com a prontidão dos grupos em definir o Carnaval 2022, agradecendo a CMSV e ao Ministério da Cultura, que se disponibilizaram para apoiar a retoma da Festa do Rei Momo, inclusive com manifestações públicas e promessas de reforço de verba.

“Agora é trabalhar no duro. Acreditamos que os grupos vão correr atrás para conseguir trazer o mesmo brilho dos desfiles anteriores. A direcção executiva da Ligoc está disponível para apoiar a todos neste sentido”, declarou o presidente da Liga, que aproveitou para informar que uma das principais exigências será a vacinação. Neste sentido, afirma, foi acordado com os grupos a promoção da imunização dos foliões e colaboradores.

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“A vacinação é muito importante. Não podemos promover um evento deste calibre com pessoas sem este tipo de compromisso social. Os grupos têm a responsabilidade de promover a vacinação nos seus estaleiros e nas quadras. Também iremos zelar para o cumprimento das medidas sanitárias implementadas, nomeadamente uso de máscaras”, refere Marco Bento, que deixa claro, no entanto, que a ideia do Carnaval permanece a mesma, até porque os desfiles vão acontecer no mesmo sambódromo de São Vicente.

Em termos financeiros, o edil recusou avançar os montantes disponíveis para esta festa do Rei Momo, mas garante pelo menos o mesmo valor da última edição, sendo que a primeira tranche será liberada já no próximo mês de Dezembro. Em 2020, refira-se, cada grupo recebeu a quantia de 3 mil contos para a execução dos seus projectos do Carnaval.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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