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Homem desfere facada a um cão e lâmina fica enterrada na costa do animal

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Um cão foi atendido ontem à noite de urgência pelo veterinário Salvador Mascarenhas com ferimentos de uma facada que lhe foi desferida na costa por um homem na zona de Chã d’ Tiliza, em S. Vicente. A faca quebrou-se e a lâmina ficou enterrada no corpo do animal, vindo a ser retirada na clínica.

Segundo Salvador Mascarenhas, a faca entrou perto da coluna e por pouco atingia o rim do animal, baptizado com o nome de Lucky. “O cão sofreu um ferimento de 10,5 centímetros de profundidade, que lhe provocou uma hemorragia interna”, revela o veterinário, que fez os curativos e devolveu o canídeo ao dono depois de aplicar-lhe um tranquilizante.

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Segundo Olindley Correia, o seu cão latiu quando o agressor passou perto dele numa motocicleta. “Ele parou, desceu da moto, apanhou uma pedra e tentou atingir o cão, mas sem sucesso. Ele seguiu caminho para casa, o meu cão acalmou-se e eu fui jogar matraquilo com um amigo. Nem dois minutos depois, ele regressou e desferiu um golpe ao meu cão, que nesse momento estava deitado”, conta Olindley. Segundo este militar, pensou inicialmente que tivesse sido uma paulada, mas depois viu um pedaço da lâmina encravada nas costas do animal. 

Imediatamente, Olindley Correia telefonou para a Policia Nacional e comunicou o sucedido. Em pouco tempo, uma viatura da PN chegou e transportou o animal para a clínica, onde foi socorrido e salvo. Lucky teve mesmo sorte, pois a faca nao lhe provocou ferimentos graves. Segundo o dono está a recuperar-se bem.

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Olindley Correia reconhece que o cão costuma latir nos transeuntes, mas “nunca com a intenção de morder”. “Basta as pessoas brincarem com ele que tudo passa”, conta. 

O caso está sob a alçada da Polícia Nacional e o agressor pode ser responsabilizado criminalmente pelo sucedido com base na lei de proteção dos animais de companhia, publicada no passado mês de Maio. A mesma prevê pena de prisão de um ano ou multa a quem infringir maus-tratos a animais. A sentença pode subir para dois anos de cadeia se o animal morrer na sequência dos maus-tratos ou ficar privado de algum órgão importante ou com incapacidade de locomoção.

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O Mindelinsite não conseguiu conversar com o autor da agressão, pelo que o jornal fica aberto a ouvir a sua versão da história.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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