A quinta campanha do Banco Alimentar Contra a Fome realizada em S. Vicente nos dias 29 e 30 de Junho bateu o recorte de recolha de alimentos destinados a famílias desfavorecidas, conforme Fátima Balbina, responsável da OMCV na chamada ilha do Porto Grande. Até hoje de manhã, essa organização tinha contabilizado 2.276 quilos de produtos, com a perspectiva de chegar às duas toneladas e meia com a entrada de donativos de outros parceiros.
“Podemos dizer com toda a propriedade que as gentes de S. Vicente são pessoas solidárias. Se tivéssemos mais voluntários, um número suficiente para cobrir todas as lojas que nos autorizaram a fazer a campanha, e se todas as associações envolvidas neste programa tivessem cumprido cabalmente a sua missão, não tenho dúvidas que iríamos recolher muito mais alimentos”, realça Fátima Balbina, que ficou satisfeita com o resultado desta que é a quinta recolha promovida em S. Vicente em parceria por dezasseis associações, desde 2017.
A próxima recolha será agora em Dezembro e a expectativa da OMCV é atingir um novo recorde. Por este motivo, Fátima Balbina aproveita a ocasião para apelar a uma maior adesão de colaboradores. Como relembra, os alimentos recolhidos são destinados a um grupo de famílias identificadas, que já contam com essa importante ajuda.
Este ano, de todo o modo, foram mobilizados 78 voluntários, mais quatro do que em 2018. Esse número foi, no entanto, insuficiente para dar cobertura aos 20 mini-mercados escolhidos para a campanha. Segundo Fátima Balbina, a organização precisa de pelo menos 120 pessoas para cobrir as necessidades. Além disso, acrescenta, essa iniciativa precisa de apoio para transporte dos produtos, armazenamento e redistribuição dos mesmos em 160 cestas básicas.
O arroz foi o alimento mais doado, com 1.137 quilos. Entretanto, alguns produtos registaram subidas e outras descidas. O açúcar desceu de 131 quilos para 102, a massa passou de 249 para 278 quilos, o leite e seus derivados registou um aumento considerável de 41 para 252 quilos, a oferta de pescado pela Frescomar saltou de 20 para 75 quilos…
“O sucesso das nossas acções tem por detrás parceiros importantes como a Corine, que nos ofereceu mais de uma tonelada de produtos diversos, a Câmara de S. Vicente, a loja Calçados Navarro, o hotel Don Paco, a Prolar, a Moave, o Stand Moderno, a Loja Equilíbrio, a empresária Ausenda Borges, etc.”, realça Fátima Balbina, que agora espera uma recolha mais impactante na sexta e última campanha deste ano do Banco Alimentar Contra a Fome – Donana. Para ela, essa iniciativa poderia acontecer pelo menos três vezes ao ano, pois os resultados seriam melhores. Mesmo assim dá-se por satisfeita. No entanto, acrescenta que de dois em dois meses são oferecidas cestas básicas a núcleos familiares, pelo que a OMCV e outras organizações precisam permanentemente de ajudas em géneros alimentícios.
KzB