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Bombeiros suspendem greve após CMSV acatar as principais reivindicações

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Os Bombeiros Municipais de São Vicente suspenderam a greve que deveria arrancar esta quarta-feira, 28, após a Câmara Municipal aceitar as principais reivindicações da classe. O acordo foi conseguido durante um encontro realizado entre o sindicato Siacsa, a Directora dos Recursos Humanos e o jurista da autarquia, em representação do edil Augusto Neves. No final da reunião, as partes assinaram um memorando de entendimento, que satisfez a organização sindical.

De acordo com o sindicalista Heidy Ganeto, ficou estabelecido que os bombeiros vão passar a ter direito às suas folgas, que serão pagas a partir de janeiro de 2023. Igualmente, a edilidade vai desbloquear as promoções e contratar mais sete a 12 efectivos ao longo do próximo ano. “Depois da manifestação, fomos contactados pela CMSV para discutirmos o caderno reivindicativo que o Siacsa tinha apresentado. Este tinha seis pontos, mas os bombeiros entenderam que três eram mais importantes neste momento. Aliás, já tínhamos enviado à Câmara uma proposta com estes três pontos, no caso desbloqueio das promoções, folgas e a contratação de mais efectivos”, informa Heidi Ganeto. 

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No encontro, prossegue Ganeto, a edilidade acatou as propostas dos bombeiros. Assim, a partir de 2023, os bombeiros de São Vicente vão passar a receber por trabalhar nos períodos de folgas. Relativamente as promoções e a contratação de mais efectivos, diz, a CMSV aceitou durante o ano de 2023 resolver estas duas pendências, pelo que o Siacsa entendeu por bem suspender a greve. Heidy Ganeto adverte, no entanto, que a promoção e a contratação são assuntos que ultrapassam a competência do presidente e que só podem ser decididas em reunião dos vereadores. Por isso espera que o impasse reinante na vereação da CMSV seja ultrapassado.

Quanto aos funcionários do serviço de Saneamento da CMSV, que também tinham marcado uma manifestação por causa da falta de equipamentos e de condições de trabalho, o responsável do Siacsa explicou que a mesma foi suspensa porque não houve adesão, por medo de represálias. “Neste sector existe uma cultura do medo e, à última hora, acabam por recuar. Os funcionários alegam que às vezes são ameaçados de que podem ser despedidos”, justifica o representante do Siacsa. 

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Neste sentido, e tendo em conta o número reduzido de colaboradores que se disponibilizaram a participar, a manifestação foi cancelada. O Siacsa mostra-se, no entanto, confiante na resolução das reivindicações dos trabalhadores deste sector, tendo em conta a abertura da CMSV para sentar à mesa da negociação a partir de janeiro para discutir com o sindicato a situação dos trabalhadores do serviço de Saneamento. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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