A Organização Mundial da Saúde assinala este domingo, 10, o Dia Mundial da Saúde Mental e escolheu como tema “Saúde Mental num Mundo Desigual” para mostrar que o acesso aos serviços de saúde mental permanece desigual. Em Cabo Verde, o Instituto Nacional da Saúde Pública e a Direcção Nacional de Saúde realizam amanhã, segunda-feira, um seminário para marcar esta efeméride.
O seminário, que conta com parceria da OMS, acontece na sala de reuniões da INSP, com a sessão de abertura prevista para às 9 horas, com as presenças de Jorge Noel Barreto (DNS), Edith Pereira (OMS) e Maria da Luz Lima (INSP). Segue-se a apresentação dos temas “O impacto da pandemia na saúde mental em Cabo Verde” com Jaclin Freire e “Saúde mental e desigualdade social: Determinantes sociais da Saúde” com Belmira Miranda.
Ainda: “Estigma social e transtorno mental” com Aristides da Luz, “Desafios actuais da família no contexto da saúde mental” com Suely Carvalho e “Estratégias de promoção de saúde mental e prevenção de transtornos mentais” com José António dos Reis. O encerramento dos trabalhos está previsto para as 12h30, sendo antecedido de um debate.
De acordo com uma nota de imprensa emitida pelo INSP, 75% a 95% das pessoas com transtornos mentais em países de baixa e média renda não conseguem aceder aos serviços de saúde mental. “A falta de acesso aos serviços na Região Africana pode chegar a 95% nas áreas rurais e de difícil acesso de alguns países”, refere, realçando que a pandemia da Covid-19 veio agravar ainda mais esta situação, mesmo em países de alta renda.
“Vários aspetos têm vindo a comprometer a resposta às necessidades de saúde mental, entre as quais, doença e morte de profissionais de saúde, bem como da população em geral; reutilização do pessoal e serviços de saúde mental para a resposta à pandemia; fornecimento desigual de Equipamentos de Proteção Individual e outros suprimentos essenciais para os serviços de saúde mental”, pontua o Instituto Nacional de Saúde Pública.
Em jeito de remate, este refere ainda que pandemia afetou e continuará a afetar pessoas de todas as idades e de muitas maneiras, através de infeções e doenças, por vezes resultando em morte e luto para os familiares. São também afectados pelo impacto econômico, com perda de empregos e dificuldade de acesso aos meios de subsistência; através do isolamento social e suas consequências na procura dos serviços de saúde e no seguimento das recomendações como a toma regular dos medicamentos, entre outras.