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Air India: Relatório preliminar indica que piloto perguntou ao colega porquê cortou o combustível para os motores do avião

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Uma informação inquietante consta do relatório preliminar do gabinete indiano que investigou o acidente com o Boeing 787-8 Dreamiler no mês de junho, que matou 260 pessoas no total, incluindo 241 a bordo e 19 em terra. Milagrosamente, um passageiro conseguiu sobreviver.

A imprensa internacional dá conta que um dos pilotos perguntou ao outro por que motivo tinha cortado o combustível para os motores, mas o colega respondeu que não tinha feito nada disso. Entretanto, a imprensa internacional diz que os interruptores de alimentação de combustível dos motores do avião pertencente à companhia Air India estavam na posição “desligado”.

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O documento, noticia o Dn.pt, não tira, conclusões nem atribui responsabilidades sobre o desastre, que aconteceu pouco tempo depois da descolagem do avião. Um total de 260 pessoas morreram, dentre as quais 19 que estavam em terra, segundo a agência France Press.

Segundo o relatório, o Boeing atingiu uma velocidade máxima de 180 nós (333 km/h) durante a descolagem, quando os interruptores de combustível passaram da posição “run” (aberto) para “cutoff” (desligado) para o primeiro motor e, um segundo depois, para o segundo. Ambos os motores começaram a perder potência.

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Se um dos pilotos foi responsável por desligar os interruptores, intencionalmente ou não, isso levanta a pergunta: “porquê… desligar os interruptores”, disse à BBC o ex-investigador Shawn Pruchnicki e especialista em aviação da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.

Relata a BBC que a investigação – liderada por autoridades indianas com especialistas da Boeing, General Electric, Air India, órgãos reguladores indianos e participantes dos EUA e do Reino Unido – levanta várias questões. Isto porque os investigadores afirmam que os interruptores de combustível com trava de alavanca são projetados para evitar acionamento acidental. Devem ser puxados para cima para destravar antes de serem acionados, um recurso de segurança que remonta à década de 1950.

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Construídos de acordo com padrões rigorosos, eles são considerados altamente confiáveis. Suportes de proteção os protegem ainda mais contra impactos acidentais. “Seria quase impossível acionar os dois interruptores com um único movimento de uma mão, o que torna improvável o acionamento acidental”, disse à BBC um investigador de acidentes aéreos baseado no Canadá, que preferiu não ser identificado

Na gravação de voz da cabine, noticia a Dn.pt, um piloto pergunta ao outro porque é que cortou o combustível. Menos de um minuto depois, um piloto transmitiu o sinal de socorro “Mayday, Mayday, Mayday”. O avião, que partia da Índia com destino a Londres, começou a perder altitude ainda antes de sair do perímetro do aeroporto e despenhou-se em zonas residenciais.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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