Por: Américo Medina
Depois, todos na “Farm” ficam surpresos com os resultados da Afrosondagem!!!
O cargo de governador de um banco central de um país pobre e frágil como Cabo Verde, exige mais do que conhecimento técnico ou habilidades econômicas; ele exige integridade, moderação e compromisso com a responsabilidade pública. Essa posição carrega consigo não apenas um poder significativo, mas também um nível extraordinário de responsabilidade perante a sociedade, perante toda a Nação!
Quando um representante dessa importância é visto em contextos que sugerem luxo e ostentação excessiva, especialmente num país que enfrenta forte desigualdade econômica, finanças frágeis ou dependência de ajuda externa, a imagem institucional é profundamente abalada.
A ostentação pública, como demonstrada na imagem — com refeições exuberantes, bebidas de alto valor, um ambiente que destoa da realidade da maioria da população — transmite uma mensagem perigosa e “dolorosa”: a desconexão entre os líderes, as elites políticas/administrativas e o povo que eles deveriam servir.
Esse tipo de comportamento não apenas mina a confiança pública na instituição, mas também abre espaço para críticas sobre possíveis desvios éticos, uso indevido de recursos ou falta de sensibilidade social…, e uma sensação amarga na boca de todos nós! Além disso, em tempos de dificuldades econômicas, quando famílias lutam para colocar comida na mesa e trabalhadores enfrentam desemprego e dificuldades enormes, classes profissionais nas ruas exigindo melhores condições de vida, imagens como essa representam uma afronta direta à dignidade dos cidadãos comuns.
Ser governador de um banco central vai além das políticas monetárias e das decisões econômicas. É também sobre simbolizar confiança, responsabilidade e empatia para com a sociedade. A ausência de recato e o exibicionismo público não apenas ferem esses valores, mas comprometem a legitimidade de toda a instituição que o governador representa.
É essencial que os líderes em posições tão críticas compreendam que suas ações — públicas ou privadas — carregam peso simbólico. Achamos que a ética, o recato e a moderação não são opcionais a esse nível de responsabilidades, mas sim imperativos morais e profissionais para aqueles que ocupam tais cargos. A todos os níveis da nossa elite política e administrativa estamos registando sinais, procedimentos e práticas que desassossegam, sem dúvida !
A verdadeira liderança não é medida pelo luxo exibido, pela ostentação desenfreada que estamos assitindo, glamour de meia-tigela não, mas pelo impacto positivo dessa liderança gerado na vida das pessoas que mais precisam.
Nota: a foto foi tornada pública pelo próprio na sua página pessoal! Fotografia publicada sem restrições. Depois, todos na “Farm” ficam surpresos com os resultados da Afrosondagem!!!