Por: Américo Medina
E dentro do MpD, sem dúvida que Ulisses Correia e Silva acaba também de escrever uma página igualmente histórica, indelével na vida do seu Partido, indubitavelmente!
A correlação e o equilíbrio de forças na política e nos partidos são constantemente objecto de avaliações e análises após cada pleito eleitoral, como um dos meios de se prever dinâmicas sociais próximas e planificação de agendas políticas internas e externas das forças políticas! Parece que esses dois conceitos serão centrais para se entender o funcionamento das democracias e outras dinâmicas político-partidárias!
Que relações de poder vamos ter a nível de toda a sociedade e no seio do MpD na sequência dessa histórica derrota e resultados eleitorais ?
A nossa ainda curta vida enquanto República demonstra-nos que a correlação de forças nos partidos é fluída e depende de fatores e variáveis diversos como o apoio popular a cada momento, a capacidade de mobilização, resultados eleitorais e alianças políticas internas ou externas, etc., etc., … Que MpD vamos ter nos próximos tempos, feito o balanço e tiradas as ilações deste monumental desaire eleitoral?
Independentemente das conclusões a que chegarem dentro do partido, creio que necessariamente vamos assistir a mudanças no equilíbrio de forças na arena política nacional decorrentes dos resultados históricos para as partes envolvidas, mas também dentro do MpD pois sem dúvida alguns perdedores vão ver o seu peso específico no aparelho e sistema a ser reduzido! Haverão perdedores internos a quem responsabilidades vão ser deduzidas, sem dúvida …, e pode ser a doer, atendendo ao ADN do MpD!
O MpD perde sete Câmaras que detinha para o PAICV, dando pela primeira vez na nossa história a maioria das autarquias ao Partido da Estrela Negra, uma maioria qualificada na Capital do país! Fez-se história a vários níveis no arquipélago…, e o UCS acaba realmente de fazer história dentro do MpD, indelével nos anais do seu Partido, acho!
