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Opinião

Hora de “O Carnaval”… Carnaval d’Soncent!

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Por Nelson Faria

Resolvidas as pendências, ultrapassadas as diferenças e esclarecido o óbvio, é hora de focar no que realmente interessa: fazer o melhor Carnaval d’Soncent de sempre.

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Temos tudo para o ser. Sem polémicas, novelas ou riolas. Acredito numa melhor organização, pela assunção da responsabilidade pelos grupos e que o financiamento, público e privado, embora não seja o de bancada, ajudará. Contudo, acredito sobretudo na vontade e na criatividade do Mindelense. Esta sim, não tem chatices e nem preço. Tem um valor impagável e inigualável. Vamos fazer a diferença e mostrar o nosso valor. Todos estaremos presentes e representados na festa, alegria, folia e sabura largód

Na sexta do Mindel Fantasy, ao sábado no Bolywood, no domingo de mandinga, animadores e professores, na segunda do Samba Tropical, na terça da competição, sem esquecer a quarta da polémica e o domingo de enterro, com direito a “missa de sete”. Estas certezas são tão certas quanto morrer ê “pagá dnher”.

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Apesar dos diferendos e polémicas serem úteis na procura de soluções e entendimentos que tragam melhorias, o foco e o valor do evento devem ser enaltecidos e estar acima de tudo e de todos. Porque afinal, o Carnaval Mindelense, no seu todo, é quem merece destaque e protagonismo, de preferência com todos.

Sabemos que somos o melhor do continente, mesmo que, por mar ou pelo ar, todos que querem não nos consigam cá chegar… Sabemos do potencial e do valor que temos, mesmo que lamentemos por financiamentos de orçamentos que não cabemos. Sabemos que, apesar de todos os pesares, agruras e contrariedades, “no ta fazel bnit”. Afinal, nos ê cara de Monte Cara.

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Não tenho dúvidas de que por aqui vamos arrepiar de felicidade e ninguém vai “esmaiar”. Vamos, com certeza, arrebentar no carnaval, sem tretas, nem calma… “Cá tem parada. Tud ê bada”. E Já que tud ê bada, se me é permitido sugestão de temas para o prémio Cacói, individual ou colectivo, ficam as dicas: Esmaiar, Orçamento de bancada, meio avião dos TACV, ligações marítimas de São Vicente para o mundo, ou simplesmente um político com o seu microfone a fazer promessas porque o próximo ano já é de eleições. Que não me levem a mal, afinal é Carnaval.

Também lá estarei, não na bancada mas com Norte, no norte. Que o evento seja o mais colorido e fantástico alguma vez visto, que seja, de facto, “superstar na Bollywood” e que a competição seja saudável. Que ganhe sempre, sempre, Mindelo e Cabo Verde.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

  1. Cultura de INICIATIVA/CRIATIVIDADE/INSPIRAÇÃO “versus” cultura de SOMBRA!!! Em S.VICENTE: nasce o grupo “Escola de Samba”. Na PRAIA (anos depois…): nasce o grupo “Rola Samba”. Em S.VICENTE: o grupo “Escola de Samba” decide que nasce para desfilar só nas vésperas do dia do desfile de competição. Na PRAIA (anos depois…): o grupo “Rola Samba” decide que nasce para desfilar só nas vésperas do dia do desfile de competição. Em S.VICENTE: nasce o grupo de batucada femenino “Xucaiaia”. Na PRAIA (anos depois…): nasce o grupo de batucada femenino “Batucaiaia”. Em S.VICENTE: A TCV resolve passar a fazer mini reportagens diárias sobre o carnaval do Mindelo. Na PRAIA (anos depois…): A TCV resolve passar a fazer mini reportagens diárias sobre o carnaval da Praia. Em S.VICENTE: nasce a ADECO. Na PRAIA (um tempo depois…) nasce a PRODECO. Em S.VICENTE: B’Leza compõe “Mindelo ê um paraíso”. Na PRAIA (anos depois): Romeu de Lurdes compõe “Praia ê um paraíso”. Em S.VICENTE: Jotamonte compõe “Quem ca conchê Mindel ca conchê Cabverde”. Na PRAIA (anos depois…): Romeu de Lurdes compõe “Quem ca conchê Praia ca conchê Cabverde”. Em S.VICENTE: o povo batiza um via com o nome de “Rua de Lisboa”. Na PRAIA (anos depois…) as autoridades batizam uma via com o nome de “Avenida cidade de Lisboa”. Continua nos próximos capítulos.

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