Marrocos está a enfrentar uma calamidade provocada por um forte terremoto que já matou até agora 820 pessoas e feriu quase setecentas, de acordo com um balanço divulgado pelo Ministério do Interior. O número de vítimas, porém, não é definitivo e pode aumentar, segundo a mesma autoridade.
O tremor durou cerca de 15 segundos, danificou desde aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marrakech. O abalo atingiu magnitude 6,8 e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
O epicentro do sismo ocorreu no alto das montanhas do Atlas, 70 km ao sul de Marrakech, onde se regista o maior número de mortos. A região também fica perto de Toubkal, o pico mais alto do Norte da África, e de Oukaimeden, uma popular estação de esqui marroquina.
Conforme a imprensa internacional, as províncias mais atingidas foram Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant e há pessoas que preferem ficar nas ruas em algumas cidades da região temendo réplicas. É que um segundo tremor, mais fraco, ocorreu 15 minutos depois, informaram as agências internacionais de notícias. fotos
Na rede social X (o antigo Twitter), há relatos de pessoas que correram pelas ruas, enquanto prédios balançavam. De acordo com agências de notícias, vários prédios colapsaram. O tremor foi tão forte que terá atingido Portugal, Espanha e Argélia.
Marrocos é afectado por terremotos na zona norte devido a sua localização entre as placas africana e euroasiática. Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas quando um terremoto sacudiu Alhucemas, no nordeste do país.