A toma de um suplemento à base de vitamina D3, curcumina e quercetina demonstrou reduzir o tempo de hospitalização de doentes internados e acelerar a sua recuperação, num ensaio clínico realizado em hospitais na Bélgica.
Um suplemento alimentar já existente no mercado poderá acelerar a recuperação de doentes hospitalizados com Covid-19. Essa é a esperança que chega da Bélgica, onde um ensaio clínico efetuado nas unidades do grupo hospitalar Chirec revelou resultados considerados “surpreendentes” no uso de um suplemento à base de vitamina D3, curcumina e quercetina. Os pacientes que receberam este tratamento não só não desenvolveram qualquer complicação do seu estado como manifestaram uma recuperação muito mais rápida do que a dos outros doentes hospitalizados – 82% mais de altas hospitalares ao final de sete dias, em relação ao grupo de controlo.
O estudo, noticia o Dn.pt, tem data de publicação prevista para outubro, segundo Yves Henrotin, fundador e CEO da biotecnológica Artialis, que promoveu o ensaio clínico. Os dados foram tão animadores que, conforme explica esse professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Liège, resolveram comunicá-los ao público.
O ensaio clínico envolveu pacientes hospitalizados com doença severa de Covid-19, mas sem necessidade de serem intubados. Quase cinquenta doentes (49) internados nas unidades hospitalares do grupo Chirec em Bruxelas (Delta e Sainte-Anne/Saint-Rémi) e Braine-l”Alleud foram divididos em dois grupos: 25 deles receberam o suplemento alimentar Nasafytol durante 14 dias, além do tratamento hospitalar padrão reservado a todos os pacientes com Covid; os outros 24 receberam apenas um suplemento de vitamina D, além do tratamento padrão.
Os grupos eram similares na sua composição, em parâmetros de idade, género, etnia, peso, altura e índice de massa corporal. A única diferença, segundo os autores do estudo, era o número de vacinados (com pelo menos uma dose) em cada um dos grupos: nove naquele que recebeu apenas a vitamina D, contra somente dois no grupo que recebeu o suplemento alimentar.
O estudo concentrou-se num suplemento dietético, não num medicamento, como salienta Jean Gérain, chefe do Departamento de Medicina Interna do Hospital Delta, uma das unidades onde decorreu o ensaio clínico.
C/Dn.pt