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Rússia reconhece caráter nuclear de explosão em base militar perto do Ártico: Cinco mortos confirmados

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A Rússia reconheceu neste sábado (10), após dois dias de silêncio, que a explosão ocorrida na última quinta-feira (8) numa base de lançamento de mísseis próxima do Ártico teve um caráter nuclear, com um saldo de cinco mortos. A notícia foi avançada pela Globo que diz que, em comunicado, a agência nuclear russa, Rosatom, anunciou que cinco membros do seu quadro morreram e outras três pessoas sofreram queimaduras.

Na sequência da explosão ocorrida numa plataforma marítima funcionários foram lançados à água. “Os trabalhos de busca continuaram enquanto havia esperança de encontrá-los com vida. Apenas depois disso, divulgamos a morte de cinco colaboradores da Rosatom”, assinala o texto.

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Número de mortos aumentou

Segundo a Globo, logo após o acidente, o Ministério da Defesa informou que o mesmo aconteceu no momento em que se testava um motor de foguete a ergol líquido (propulsor), e deu conta da morte de dois especialistas e de seis feridos. Não ficou claro se os cinco mortos citados pela Rosatom incluíam os especialistas mencionados pelo Exército.

O Exército russo e um porta-voz do governador regional declararam que não houve contaminação radioactiva, mas a prefeitura de Severodvinsk, cidade de 190 mil habitantes localizada a 30 quilômetros da base, afirmou em seu portal que seus detectores registraram “um breve aumento da radioatividade”. A publicação foi retirada do ar pouco depois.

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O representante local da Defesa Civil, Valentin Magomedov, declarou à agência de notícias TASS que o nível de radiação subiu para 2,0 microsieverts por hora durante 30 minutos, acima do limite regulamentar de exposição, de 0,6 microsieverts por hora.

A Greenpeace Rússia publicou neste sábado (10) uma carta das autoridades de um centro de pesquisas nuclear, prossegue o jornal, que dava conta da mesma cifra, mas afirmando que a radiação durou pelo menos uma hora, sem que isso representasse riscos à saúde, segundo estes especialistas.

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Habitantes de Severodvinsk correram na sexta (9) para as farmácias para comprar iodo ou produtos com este elemento químico. “Os acontecimentos de quinta-feira (8) comoveram a cidade. As pessoas entraram em pânico. Em uma hora, vendemos todos os estoques”, declarou a farmacêutica Elena Varinskaya, que distribuiu fichas com as regras a serem seguidas em caso de contaminação radioativa.

A imprensa russa divulgou um vídeo sem fonte identificada que mostrava filas de ambulâncias atravessando Moscou até um centro especializado no tratamento de vítimas de radiação. Segundo a Rosatom, os feridos foram atendidos num centro médico especializado.

O pior acidente nuclear da história aconteceu em 1986, na União Soviética, na central ucraniana de Chernobil, e autoridades foram acusadas de terem ocultado durante semanas a dimensão do desastre.

C/Globo.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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