Vários pilotos da Marinha norte-americana dos Estados Unidos reconheceram publicamente que, entre o verão de 2014 e março de 2015, avistaram vários objetos não identificados enquanto realizavam manobras militares na costa leste dos EUA. Segundo o The New York Times, os pilotos reportaram o sucedido aos seus superiores e relataram que os objetos em causa não tinham motores visíveis e que voavam a velocidades hipersónicas, a mais de 9.000 metros de altura.
Ryan Graves, piloto com mais de dez anos de serviço, disse ao jornal já citado que “aquelas coisas” estavam “lá fora o dia todo”. Graves informou o Pentágono e o Congresso dos EUA sobre os avistamentos. “Manter um avião no ar exige uma quantidade significativa de energia. Tendo em conta as velocidades que observámos, 12 horas no ar eram 11 horas a mais do que o que seria de esperar”, argumentou.
No entanto, ninguém do Departamento de Defesa diz que estes objetos são extraterrestres. Segundo os peritos consultados pelo The New York Times, o mais provável é que estes correspondam a drones, ainda que haja outras possibilidades em cima da mesa, incluindo efeitos atmosféricos e a também probabilidade de os avistamentos resultarem da sobrecarga neurológica que os pilotos sofrem nos voos de velocidade supersónica.
A Marinha norte-americana mudou recentemente os protocolos sobre o avistamento de objetos não identificados. Em vez de os ignorar, a partir de agora há o compromisso de os levar a sério. “Houve vários relatos de aparelhos não autorizados e não identificados a atravessar zonas de controlo militar e espaço reservado nos últimos anos”, segundo consta num comunicado de imprensa divulgado na semana passada. “Por questões de segurança”, lê-se no mesmo documento citado pelo ABC, tanto a Marinha como as Forças Aéreas estão a levar estes relatos “muito a sério” e a investigar cada um deles.
C/Observador.pt