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Menos de 10% da população desenvolve anticorpos contra Covid-19

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A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde para a elaboração do estudo da covid-19, Maria Van Kerkhove, esclareceu, em entrevista a agência noticiosa EFE, que existem centenas de estudos de soroprevalência com resultados muito diferentes e que, “por isso, é difícil chegar a conclusões categóricas, mas em princípio mostram que mais de 90% dos indivíduos permanecem livres de anticorpos”.

“Analisando os casos coletivamente, parece que menos de 10% das pessoas mostram evidências de terem sido infectadas. Então a maioria ainda é suscetível e todos os tipos de acções continuam a ser aplicadas para prevenir o contágio”,respondeu a especialista, numa ronda de perguntas de internautas nas redes sociais.

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A especialista norte-americana esclareceu que em alguns estudos com trabalhadores da saúde foram detetados percentuais mais elevados de pessoas com anticorpos, entre 20% e 25%, e em algumas áreas específicas, como por exemplo nos subúrbios de alguns países, foram obtidas soroprevalências superiores a 40%.

Van Kerkhove também indicou que existem resultados diferentes nos testes de medição da resistência desses anticorpos, uma vez que algumas investigações mostram que sua eficácia contra o vírus diminui após um certo tempo, enquanto outras indicam que não varia.

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“Em qualquer caso, com outros coronavírus que causam constipações, SARS ou MERS, está provado que os anticorpos não são permanentes, então isso também pode ocorrer com a covid-19”, concluiu.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971 677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan, na China.

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Fonte:DN.PT

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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