Mais de 156 milhões de brasileiros são chamados este domingo, 2 de outubro, aos postos de votação nos 26 estados e no Distrito Federal de Brasília para eleger, além do próximo presidente da República, deputados federais, deputados estaduais, senadores e governadores. Toda a Câmara dos Deputados e um terço do Senado serão renovados. Lula da Silva lidera as pesquisas com números que o aproximam da metade dos votos válidos que precisa para vencer no primeiro turno. O presidente, Jair Bolsonaro, que busca a reeleição, o acompanha com cerca de um terço dos votos.
De acordo com a média das pesquisas conduzidas pelo jornal El País, Luiz Inácio Lula da Silva (44,9%) estava cerca de dez pontos à frente de Jair Bolsonaro (34,5%). Em terceiro lugar está o ex-ministro Ciro Gomes (7,1%) e em quarto lugar está Simone Tebet (4,9%). A votação é obrigatória para os brasileiros entre 18 e 69 anos, e opcional para os de 16 e 17 anos, assim como para os maiores de 70.
As urnas estarão abertas por um período de 9 horas, entre as 8h e as 17 horas. Os primeiros resultados serão conhecidos uma hora após o seu encerramento. No Brasil não existe uma “lei seca”, impondo restrições à venda de bebidas alcoólicas, mas alguns Estados menos populosos adotam alguma forma de regulamentação. Se nenhum dos quatro candidatos presidenciais ganhar mais de metade dos votos válidos, o segundo turno entre os dois primeiros será realizado no domingo, 30 de outubro. O mesmo sistema é adoptado para a eleição dos 27 governadores.
Lula da Silva, que foi presidente entre 2002 e 2010, é o favorito. Forjado em lutas sindicais, o líder de esquerda ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores nos anos 80 e perdeu três eleições antes de ser eleito em 2002 e reeleito em 2006. Deixou o cargo com índices de popularidade altíssimos, mas passou 580 dias na prisão depois de ser condenado por corrupção. Em 2019 foi libertado da prisão e mais tarde o sistema judicial anulou sua condenação devido a falhas processuais no processo.
O atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, tenta a reeleição agora pelo Partido Liberal. Deputado em Brasília por quase 30 anos, foi eleito em meio ao descrédito dos partidos tradicionais em 2018, quando se apresentou como um forasteiro. Seu mandato tem sido rodeado de controvérsias, sobretudo a de minimizar a pandemia de coronavírus.
C/El País América
