E a barbárie voltou a acontecer nas Ilhas Faroé. Quase 200 baleias-piloto foram massacradas nesse território autónomo da Dinamarca, na tradicional caçada a esses animais e que tem revoltado ecologistas a nivel mundial. Desta vez, conforme a imprensa, mataram 175 baleias e provocaram a famosa maré vermelha numa pequena baía.
Esta prática foi gravada por um drone da organização ambientalista Sea Shepherd, que terá sido alvo de um disparo efectuado por um dos membros que participava na “caçada”. A Sea Shepherd estima que mais de 6500 baleias e golfinhos tenham sido cruelmente mortos na última década. Entretanto a chacina desses animais é uma tradição com centenas de anos. Com o auxílio de barcos, as baleias são levadas até a costa e encurraladas, onde são mortas com arpões e lanças, sendo a carne depois armazenada para consumo dos habitantes locais.
Nas imagens divulgadas nas redes sociais é possível ver o mar do Atlântico Norte em tons de vermelho a banhar a costa de Hvannasund, localidade onde ocorreu esta última matança. De acordo com a Blue Planet Society, organização de conservação do ambiente, esta é já a quarta “grindadráp” deste ano.
A caçada anual das baleias faz parte da cultura deste território autónomo da Dinamarca há centenas de anos e é regulada pelas autoridades locais. Trata-se de uma prática “bárbara” de uma “época passada”, diz a Sea Shepherd Conservation Society, que considera essa caça desnecessária e que deveria ter terminado há um século.