O júri considerou Derek Chauvin culpado pela morte de George Floyd, um afro-americano que faleceu na sequência de uma detenção em maio de 2020, em Mineápolis. O ex-policial, que colocou o joelho no pescoço da vítima por quase 9 minutos e provocou a sua asfixia, respondia a 3 acusações de homicídio e foi condenado em todas elas: causar a morte, sem intenção, por meio de um acto perigoso, sem consideração pela vida humana; negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de George Floyd; homicídio culposo. Assim que a condenação foi anunciada, Chauvin deixou a sala de audiências algemado.
O júri estava reunido desde segunda-feira (19) para discutir o caso e chegar a uma decisão unânime. Antes, foram ouvidos os depoimentos de testemunhas, defesa e acusação no processo. A pena será anunciada pelo juiz em dois meses.
Logo após o veredito nesta terça, o presidente Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, telefonaram para a família de Floyd. Na ligação, o democrata prometeu que vai trabalhar para aprovar leis que coíbam a violência policial e o racismo. Mais tarde, Biden classificou a condenação do ex-policial como um “passo à frente”, mas disse que tal veredito era muito raro num país atormentado pelo racismo sistêmico. “Este pode ser um passo gigante na marcha em direção à justiça na América”, disse o presidente.
A defesa de Chauvin tentou argumentar, ao longo do processo, que Floyd morreu em decorrência do uso de drogas e que a manobra aplicada pelo agente estava dentro dos padrões da polícia de Mineápolis. Entretanto, a versão foi contrariada tanto por exemes médicos quanto por depoimentos de cheges policiais e médicos legistas.
A decisão dos 12 jurados foi recebida por gritos e aplausos nas ruas de Mineapolis.
C/globo.com