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Faixa de Gaza virou um cemitério para milhares de crianças, denuncia a Unicef

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A Unicef afirmou que a Faixa de Gaza está a ser um cemitério para milhares de crianças e redobrou os apelos para a entrada de ajuda humanitária e para um cessar-fogo. Desde 7 de outubro, mais de 8.500 pessoas foram mortas na guerra, dos quais 3.542 são crianças. A organização islâmica Hamas desafia o Israel e diz que Gaza será também “um cemitério para o inimigo”.

“Os nossos maiores receios quanto ao facto de o número de crianças mortas se ter transformado em dezenas, depois em centenas e, por fim, em milhares, concretizaram-se em apenas quinze dias”, disse o porta-voz da Unicef. “Os números são assustadores: segundo consta, mais de 3.542 crianças foram mortas e, o que é espantoso, este número aumenta significativamente todos os dias. Gaza tornou-se num cemitério para milhares de crianças. É um inferno para todos os outros”, prosseguiu , James Elder.

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Este funcionário da agência da ONU para as crianças chamou a atenção para a urgência da entrada de assistência humanitária, a começar pela água potável. “As ameaças às crianças vão além de bombas e foguetes. A capacidade de produção de água em Gaza é de apenas 5% do consumo diário habitual. A morte de crianças, especialmente bebés, por desidratação é uma ameaça crescente.” Ao apelo da Unicef para uma trégua humanitária juntaram-se as vozes do secretário-geral da ONU, António Guterres, e do alto comissário da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tinha rejeitado qualquer trégua. No entanto, à medida que o exército israelita adentra na Faixa de Gaza e a situação se agrava, as autoridades acederam aos pedidos da ONU e de Washington e vão entrar até 100 camiões por dia com ajuda através de Rafah, confirmou o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca. Este número é um quinto do trânsito que chegava a Gaza pelo Egito antes dos ataques do Hamas de 7 de outubro.

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Entretanto, o Egito anunciou que vai receber 81 feridos. Um médico explicou que equipas médicas vão examinar essas pessoas para depois serem enviadas para os hospitais mais adequados. Além disso, está a ser montado um hospital de campanha com 1300 m2 na cidade de Sheikh Zuweid.

C/Agências

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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