Os franceses foram chamados hoje, domingo, às urnas para escolher o novo governo com as projeções a apontarem para uma vitória do partido da extrema-direita Reunião Naciona. A votação, que deveria acontecer em 2027, foi antecipada pelo Presidente francês Emmanuel Macron após o seu partido obter menos da metade dos votos que o partido liderado por Marine Le Pen na votação para o Parlamento Europeu. A manobra visou ampliar a base de Macron no Parlamento francês, mas há fortes sinais de ter dado um tiro no pé.
As previsões apontam a Reunião Nacional com 37% dos votos, seguida da Nova Frente Popular, com 28%, e a coligação política do centro, liderada por Macron, na terceira posição, com 20% das intenções de voto.
A imprensa internacional afirma que os franceses estão inconformados com a perda do poder de compra, a degradação da qualidade dos serviços públicos e o crescimento dos emigrantes, as mesmas queixas que o resto da Europa vem apresentando e que está a sustentar a subida dos partidos nacionalistas.
Emmanuel Macron já deixou claro que vai cumprir o seu mandato até ao fim. Se as previsões forem concretizadas, França irá viver um momento político único, com um Primeiro-ministro da direita – que pode ser Jordan Bardella, 28 anos – e um Presidente do centro.
Os dois grupos mais votados passam ao segundo turno, agendado para o dia 7 de julho.