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Fogo destrói ponte de madeira com 900 anos na China

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Uma ponte de madeira com 900 anos foi totalmente destruída pelo fogo no fim-de-semana. A travessia datava da Dinastia Song (960 a 1127) e era considerada a maior do género na China.

A ponte de Wan foi destruída pelo fogo na noite de sábado para domingo, no distrito de Pingnan, na província chinesa de Fujian. A travessia, a mais longa com um arco de madeira na China, colapsou ao fim de 20 minutos.

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Segundo o jornal “Global Times”, tabloide chinês editado em língua inglesa, não foram reportadas vítimas do incêndio. Um repórter do canal de televisão nacional chinesa CCTV adiantou que as causas estão a ser investigadas pelo Departamento de Investigação Criminal de Pingnan.

Também conhecida como Ponte da Paz Universal, a ponte tinha um arco de madeira de 90 metros, considerado o maior do género na China. O fogo demorou horas a ser apagado, mas a estrutura, com cerca de cinco metros de largura, colapsou ao fim de 20 minutos.

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“Presumo que tenha sido um incêndio causado por mão humana e não um desastre natural, visto que a combustão espontânea de uma travessia sobre as águas é rara”, disse Xu Yitao, perito em arquitetura arqueológica da Universidade de Pequim. Em declarações ao “Global Times”, considerou que a travessia era um exemplo “da sabedoria chinesa” na arquitetura e no trabalho em madeira.

Segundo a Agência de Notícias chinesa, o município de Pingnan criou um grupo de trabalho para avaliar o incidente e estudar o restauro da ponte, que terá sido construída durante a Dinastia Song, que governou entre os anos 960 a 1127.

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Em 2006, a China incluiu a ponte de Wan na lista de artefactos culturais de valor histórico. Pontes como esta, na província de Fujian, foram reconhecidas pela UNESCO pela importância “para o encontro de pessoas e como uma forma de reforçar os laços e a identidade cultural”, servindo também para manter as tradições e cultos religiosos.

Na região de Pingnan há cerca de 50 pontes de madeira. Neste tipo de estruturas antigas, é comum haver santuários usados para fins religiosos. Há registos, ao longo dos anos, de incêndios causados por fiéis que acendem incenso.

C/JN

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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