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Fake news em épocas de eleições: 0,1% de contas de Twitter nos EUA partilharam 80% de fake news em 2016

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Nos Estados Unidos 0,1% de utilizadores do Twiter partilhou 80% de notícias falsas, nas eleições de 2016.  Este resultado deve-se ao estudo sobre “Notícias falsas no Twitter durante a eleição presidencial dos EUA em 2016”, realizado por investigadores das universidades norte-americanas de Northeastern, Harvard e Nova Iorque.

Ao examinar a exposição e a partilha de notícias falsas por eleitores no Twitter, os investigadores descobriram que o nível de interação com fontes de notícias falsas foi extremamente concentrado”.

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“Apenas 1% de indivíduos foi responsável por 80% das exposições a fontes de notícias falsas e 0,1% esteve por trás de quase 80% de fontes de notícias falsas partilhadas. Os indivíduos mais prováveis de interagir com fontes de notícias falsas eram conservadores, mais velhos e altamente ligados a notícias políticas”, expõe o artigo publicado na Science.

O resultado desta constatação não tem como base os órgãos de comunicação social, pois a investigação definiu um produtor de notícias falsas “aquele que tem a aparência de notícias legitimamente produzidas, mas que não contém as normas e os processos editoriais dos meios de comunicação para garantir a precisão e a credibilidade da informação”.

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A conclusão do estudo apontou para que entre 01 de agosto e 06 de dezembro de 2016, 5% das exposições de utilizadores daquela rede social a ‘sites’ de política tenha sido a fontes de notícias falsas. Ainda, percebeu-se que as contas rotuladas como pertencendo a utilizadores de esquerda eram menos prováveis de partilhar conteúdos de origem duvidosa (apenas 5%), enquanto à direita a probabilidade era de 11 e 21% entre os utilizadores de direita e de extrema-direita, respetivamente.

As ‘fake news’, são conhecidas por notícias falsas, desinformação ou informação propositadamente falsificada com fins políticos ou outros.  O termo ganhou ganhou mais importância ou visibilidade nas presidenciais dos EUA que elegeram Donald Trump, no referendo sobre o ‘Brexit’ no Reino Unido e nas presidenciais no Brasil, ganhas pelo candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro.

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Fonte: Expresso

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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