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Explosão no Líbano: Prejuízos avaliados em mais de US$ 3 bilhões

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Os prejuízos decorrentes da explosão ocorrida na tarde ontem na região portuária de Beirute e que resultaram na morte de pelo menos 100 pessoas, 4 mil feridos e 300 mil desabrigados, estão avaliados em mais de US$ 3 bilhões. A estimativa é do governador da capital do Líbano, Marwan Abboud, neste dia em que o país cumpre um dia de luto nacional. 

Os danos, segundo Marwan, terão afectado quase metade da cidade. As autoridades libanesas ainda trabalham com a versão de que a explosão ocorreu por causa de um depósito de nitrato de amônia, um produto usado como fertilizante, mas também altamente explosivo. O governo já anunciou uma “vasta investigação” para buscar os responsáveis pela tragédia.

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Para já, as primeiras informações revelam que entre os suspeitos a serem investigados estão o diretor do porto de Beirute e gerentes responsáveis pela estocagem de material. Há uma pressão muito grande por parte da população nas redes sociais para que as autoridades apontem os responsáveis, em um momento em que o país é palco de protestos anti-governo e anti-corrupção, além de uma crise económica sem precedentes.

A prioridade para o governo e as autoridades locais no momento é o resgate de sobreviventes. Grupos de socorristas anunciaram que buscam também corpos de vítimas no mar na região portuária.

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Regista-se um forte sentimento de solidariedade entre a população que oferece ajuda e doações de sangue nos hospitais, que enfrentam problemas de superlotação. Moradores também organizam doações de alimentos às famílias das vítimas, outros oferecem suas casas para abrigar pelas próximas noites aqueles que perderam suas moradias. 

Acostumados a passarem por situações de guerras e por crises, os libaneses são rápidos em organizar ações efectivas de ajuda em momentos como este.

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Muitos países já ofereceram ajuda ao Líbano, incluindo a França, que enviará toneladas de equipamentos médicos nesta quarta-feira.

C/RFi

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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