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Estados Unidos aprova primeira vacina contra HIV 

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A FDA – Agência Reguladora para a Alimentação e Medicamentos (Food and Drug Administration) dos EUA aprovou na quarta-feira, 18, o primeiro medicamento injetável Yeztugo Lenacapavir para a prevenção do HIV. O medicamento é fabricado pela Gilead Sciences. 

De acordo com a Gilead Sciences, o Yeztugo Lenacapavir deve ser aplicado duas vezes ao ano como PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), ou seja, para prevenir uma eventual infecção pelo vírus. “É um dia histórico para as muitas décadas de combate ao HIV. Yeztugo é uma das descobertas científicas mais importantes do nosso tempo e nos dá uma oportunidade real de ajudar a acabar com o HIV”, afirmou Daniel O’Day, CEO da Gilead Sciences, em comunicado. 

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A empresa esclarece que os testes mostraram uma eficácia de 99,9%, ou seja, quase 100% dos participantes não contraíram o HIV depois de receber as duas injeções. As reações adversas comuns registradas foram dor de cabeça e náusea. “O Yeztugo Lenacapavir é indicado para adultos ou adolescentes com pelo menos 35 kg como forma de prevenir a infecção pelo HIV. É necessário ser submetido a um teste de HIV-1 antes de receber a 1ª injeção”, assegura.

Apenas quem tiver o resultado negativo poderá fazer uso do medicamento, indica o CEO, realçando que este é um momento decisivo na luta de décadas e vai ajudar a prevenir o HIV em escala nunca antes vista, afirmou. “Temos agora uma forma de acabar com a epidemia do VIH de uma vez por todas.”

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Em nota, a Organização Mundial da Saúde celebrou a autorização da FDA. A diretora dos Programas Globais de HIV, Hepatite e STI, Meg Doherty disse ser “um passo” a caminho de “expandir o acesso a uma opção inovadora de prevenção ao HIV”. 

As estatísticas globais sobre o HIV revelam que 39,9 milhões de pessoas viviam com a doença no mundo em 2023. Destes, detalha o relatório da Unaids, 38,6 milhões eram adultos (15 anos ou mais) e 1,4 milhão crianças (0 – 14 anos). Diz ainda que 53% de todas as pessoas vivendo com HIV eram mulheres e meninas e que 86% dos infectados conheciam o seu estado. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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