O presidente francês, Emmanuel Macron, acredita que a entrada da Ucrânia na NATO seria vista pela Rússia como um confronto direto, pelo que, segundo o Jn.pt, defende que este não será o “cenário mais provável” no futuro próximo.
“A entrada da Ucrânia na NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] seria percebida pela Rússia como um confronto. Não é com essa Rússia que queremos lidar”, afirmou Macron, em entrevista a vários jornais, entre os quais o francês Le Monde, o norte-americano The Wall Street Journal e o libanês An Nahar. Para o líder francês, é necessário dar, no final do conflito, “garantias de segurança” tanto à Ucrânia como à Rússia, posição que reiterou na entrevista, apesar de já ter recebido muitas críticas de Kiev e da Europa de leste.
“No final, teremos de colocar todos na mesma mesa”, considerou, acrescentando que não quer que sejam “apenas os chineses e os turcos a negociar no dia seguinte” ao fim das hostilidades. Macron voltou também a defender a autonomia estratégica da Europa, dentro da NATO, mas com menor dependência dos Estados Unidos, país que recebeu a visita do presidente ucraniano.
Volodymyr Zelensky chegou a discursar no Congresso norte-americano e salientou que o dinheiro entregue pelos Estados Unidos à Ucrânia “não é caridade”, mas “um investimento na liberdade” e na “segurança global”. Destacou que “contra todas as probabilidades” a Ucrânia ainda está de pé, depois de ser recebido com uma ovação estrondosa por parte dos congressistas presentes no Capitólio dos Estados Unidos. “A Ucrânia está viva e em luta”, sublinhou Zelenski, que ofereceu aos EUA uma bandeira assinada por soldados ucranianos.
A visita do líder ucraniano ocorre em plena negociação no Congresso dos orçamentos para o ano fiscal de 2023, que contemplam mais 45.000 milhões de dólares (42 mil milhões de euros) em assistência à Ucrânia.