Cerca de 550 mil pessoas participaram ontem, 1° de Maio, da manifestação histórica do Dia do Trabalhador na França, de acordo com a central sindical CGT. Já a polícia estima que 112 mil pessoas foram às ruas na capital. Num primeiro balanço, esta fala em 108 polícias ferido, um deles com gravidade após ter sido atingido por um coquetel molotov e 291 pessoas detidas.
Foi um Dia do Trabalhador como há muito não se via em França, mas a mobilização da 13.ª jornada de protesto contra a reforma das pensões não alcançou os números de algumas das anteriores. Mas as manifestações ficaram marcadas pela violência em várias cidades, sobretudo em Paris. A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, considerou “inaceitáveis” as “cenas de violência”.
Em toda a França, 108 policiais e agentes de segurança ficaram feridos, e 291 pessoas foram detidas, informaram as autoridades francesas na noite de ontem. O Presidente da República, Emmanuel Macron, e sua Reforma da Previdência, que aumenta para 64 anos a idade de reforma foram os principais alvos das criticas dos manifestantes, que pediam o recuo da legislação.
Não obstante os cerca de 5 mil policiais destacados especialmente para a ocasião em Paris, os confrontos eclodiram quando a passeata chegou à Praça da Nação, ponto final do desfile que começou na Praça da República. Centenas de “black blocs” munidos de fogos de artifício atiraram objetos contra as forcas de ordem, que revidaram com gás lacrimogênio e granadas defensivas.
Foi a primeira vez em 14 anos que os sindicatos franceses se uniram sob a mesma bandeira para o Dia Internacional do Trabalhador. À estes se somaram representantes sindicais coreanos, turcos, suíços, colombianos, americanos e espanhóis, protagonizando uma mobilização com números históricos.
Para além dos 550 mil manifestantes em Paris, a central sindical CGT contabilizou 40 mil em Caen, 130 mil em Marseille e 100 mil em Toulouse.
C/Agências