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Como uma mensagem numa garrafa salvou uma família presa numa cascata

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Uma família presa numa cascata nos Estados Unidos foi resgatada graças a uma mensagem que enviaram dentro de uma garrafa, como acontece nos filmes de naúfragos. Em junho, Curtis Whitson, a namorada e o filho de 13 anos embarcaram numa viagem de mochila às costas no centro da Califórnia onde acabaram presos na ravina de uma cascata.

A família, conforme escreve o Diário de Notícias, partiu com a ideia de seguir o Arroyo Seco, um rio com quase 64 quilómetros de comprimento. Estava tudo planeado ao pormenor: caminhavam até ao rio, onde flutuariam nas águas até conseguirem descer por uma ravina, que os levaria até a um acampamento, para se juntarem a alguns amigos. Para Whitson, era só mais um verão como todo os outros. Todos os anos, estava habituado a fazer até 20 longas caminhadas de mochila às costas pela floresta californiana.

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Estava tudo a correr exatamente como previsto. Mas, no terceiro dia da sua jornada, quando chegaram à parte mais estreita da ravina, ficaram presos, entre paredes de rochas sólidas com 15 metros de altura. Para piorar, a corda que esperavam que lá estivesse pregada às rochas quando chegassem não existia, por isso, estavam impedidos de descer a cascata, que ia ganhando cada vez mais força à medida que o tempo passava. Era um beco sem saída.

O coração de Curtis Whitson “afundou-se”, quando percebeu “que o volume de água era demasiado perigoso para fazer rapel”, relata. Consciente do risco que todos corriam, Whitson elabora um plano, recorrendo ao velho método da mensagem na garrafa, tradicionalmente associado a histórias de amor e contos de grandes guerras. Agarrou numa das garrafas de água desportivas que tinha levado consigo e rabiscou ‘help’ (‘ajuda’). Lá dentro, deixou ainda uma nota em papel, que arrancou do bloco de notas que a namorada Krystal Ramirez tinha levado consigo. “Estamos presos aqui na cascata. Arranjem ajuda, por favor”, lia-seDepois, lançaram a garrafa ao rio, que “por sorte” desceu a cascata, conta. Restava-lhes esperar para que chegasse às mãos de alguém.

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Entretanto, tentaram recuar e flutuar até uma pequena praia fluvial. Ainda em desespero, a família tentou escrever “SOS” na área, com pedras brancas, mensagem que mantiveram iluminada com um farol quando o sol se punha.

O plano acabou mesmo por dar resultado. A pouco menos de um quilómetros ali, dois homens que passeavam na margem do rio encontraram a garrafa com o pedido de ajuda e imediatamente fizeram soar o alarme junto de uma equipa de resgate. Era já perto da meia-noite quando a família foi encontrada.

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Um dos agentes da patrulha California HIghway admitiu mesmo que poderiam passar vários dias até que alguém os encontrasse. “Estavam sem opções”, sublinhou Todd Brethour.

C/Dn.pt

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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