Os “coletes amarelos” querem enviar uma mensagem directa ao Governo e bloquear Paris durante os próximos três dias, antes do Grande Debate Nacional, uma série de debates em todo o país promovidos pelo Presidente Emmanuel Macron para responder às exigências deste movimento.
A ideia foi lançada nas redes sociais pelo grupo “France en Colère”, gerido por Éric Drouet, uma figura do movimento que ficou conhecida por incitar os manifestantes a invadir o Palácio do Eliseu, a residência oficial do Presidente francês. O grupo apela aos ‘coletes amarelos’ de todo o país para se deslocarem a Paris e ocuparem espaços públicos com acampamentos e manifestações, bloqueando as ruas da cidade de 08 de março, sexta-feira, até dia 10 de março.
As manifestações devem começar junto à Torre Eiffel e espalhar-se, em seguida, por toda a capital francesa. No grupo é ainda assegurado que há uma organização paralela para alojamentos, partilha de boleias e serviços de saúde. O apelo ao bloqueio é também feito noutras cidades como Bordéus.
As tradicionais manifestações de sábado dos coletes amarelos têm vindo a perder fôlego, com menos de 40 mil manifestantes em toda a França no fim de semana passado – o número mais baixo até agora. Os protestos começaram em 17 de novembro de 2018, com um protesto contra o anúncio do aumento do preço dos combustíveis que juntou, na altura, cerca de 282 mil manifestantes.
A subida do preço dos combustíveis não chegou a ser aprovada, mas o motivo dos protestos, que se têm repetido todos os sábados desde então, foi, entretanto, alargado a toda a política fiscal e social de Emmanuel Macron. Durante as manifestações morreram mais de vinte pessoas, mil e 800 ficaram feridas e, segundo dados do Ministério do Interior, mais de 8 mil foram detidos.
Uma sondagem divulgada em Fevereiro num jornal francês, a maioria dos franceses (52%) defende que os protestos dos coletes amarelos devem parar.
C/Notícias ao Minuto