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Chuvas provocam mais de centena e meia de vítimas na Europa: Cientistas associam tragédia às mudanças climáticas

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As fortes enxurradas que têm provocado cheias na Alemanha e Bélgica e vitimado mais de centena e meia de pessoas podem estar relacionadas com as alterações climáticas. Já morreram pelo menos 103 pessoas na Alemanha e 15 na Bélgica.

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Os cientistas, que preveem a ocorrência mais frequente de chuvas intensas em todo o mundo, acreditam que esta intempérie é resultado do aumento da temperatura global cerca de 1,2 graus acima da média da era pré-industrial.  O ar mais quente retém mais humidade, o que significa mais precipitação. “Quando temos chuvas fortes, a atmosfera é como uma esponja”, disse Johannes Quaas, professor de Meteorologia Teórica da Universidade de Leipzig. Este aumento de um grau na temperatura média global eleva a capacidade da atmosfera de reter água em 7%, apontam.

Nesta altura, segundo as autoridades alemães, a dimensão desta catástrofe poderá ainda vir a aumentar, sobretudo porque há um número indeterminado de vitimais mortais e vários desaparecidos após um grande deslizamento de terras, numa localidade perto de Colónia, e que derrubou vários edifícios.

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A chanceler alemã, Ângela Merkel, mostrou-se chocada com os efeitos das cheias na Alemanha e expressou o seu pesar com as dificuldades que os habitantes estão a passar. “Estou chocada com esta catástrofe e com o que tantas pessoas estão a enfrentar”, disse. “A minha simpatia está com as famílias das vítimas mortais e dos desaparecidos. Aos muitos trabalhadores de emergência incansáveis, agradeço-vos do fundo do meu coração”.

As chuvas intensas também provocaram cheias e a subida dos caudais de rios em países da Europa ocidental e central, nomeadamente na Bélgica, Suíça, Luxemburgo e Países Baixos. Um recente balanço das autoridades indicava que na Bélgica morreram 15 pessoas, elevando para 118 o total de mortes na Europa.

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C/CM e Sol.pt

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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