Cerca de 100 civis foram mortos durante um bombardeamento aéreo do exército israelita na Faixa de Gaza em diferentes zonas. A imprensa internacional informa que pelo menos 70 pessoas foram atingidas em ataques no centro de Gaza, mais precisamente nos campos de refugiados de Nuseirat, Maghazi e Bureij.
A agência noticiosa palestiniana Wafa revelou que os bombardeamentos israelitas visaram igualmente os bairros de Shujaiya, Zaytoun, Tel al Hawa e Sheikh Ijlin. Casas foram atingidas pelos projécteis lançados pelos aviões militares causando vários mortos e feridos. Corpos de cinco crianças foram encontrados cobertos por escombros.
A intensidade dos ataques israelitas contra os palestinianos tem suscitado críticas internacionais, que acusam Israel de estar a levar à prática um genocídio. Uma das vozes que se fez ouvir foi o Presidente brasileiro, que comparou as mortes de palestinanos em Gaza à matança de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler. A declaração de Lula da Silva suscitou uma enérgica reação do governo israelita, tendo o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmado que o Chefe de Estado do Brasil ultrapassou a linha vermelha.
Em Portugal, um grupo de activistas solidários com a resistência palestiniana partiu esta segunda-feira de madrugada diversos vidros do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, e pintaram a frase “Israel mata, Portugal apoia” no portão do edifício. Numa nota enviada à Lusa, um grupo de ativistas denunciou o que considera ser o “apoio do governo português e, particularmente, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a um projeto colonial que, há mais de 75 anos, tem por base a limpeza étnica do povo palestiniano”.
Apesar da tensão internacional, Israel prometeu lançar uma ofensiva terrestre contra Rafah, onde se refugiaram cerca de 1,4 milhões de palestinianos, caso o movimento islamita Hamas não liberte os reféns israelitas até 10 de março, o início do Ramadão. “Se até ao Ramadão os reféns não estiverem em casa, os combates continuarão em todo o lado, incluindo na região de Rafah”, declarou no domingo o ministro israelita Benny Gantz, membro do gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
C/ Dn.pt e Globo.com