A Comissão Europeia pediu esta sexta-feira aos Estados-membros para disponibilizarem vacinas e medicamentos para África devido ao surto da nova variante, mais perigosa, de monkeypox (Mpox), reforçando assim o apelo lançado no dia anterior, quinta-feira, pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Segundo Stella Kyriakides, a CE está disponível para organizar as doações, realçando que a solidariedade mundial é fundamental para enfrentar esta ameaça global à saúde, refere numa carta divulgada na rede social X, acrescentando que espera contar com os Estados-membros para apoiarem os parceiros africanos na gestão do surto, alertando que, perante o surto em vários países daquele continente, é necessário “agir em conjunto, de forma coordenada e sustentada”.
Na quinta-feira, a organização MSF lançou um apelo aos países detentores de reservas de vacinas contra a mpox para que doem doses à África, caso não tenham focos ativos da doença. Este Omg, de acordo com a agência EFE, informou no pedido que as doações precisam acontecer em até 15 dias, que é o tempo estimado para manter o vírus sob controle e evitar um alastramento ainda maior da antiga “varíola dos macacos” no continente.
A MSF, que afirma “esperar pelas doses há um mês”, também solicitou à fabricante Bavarian Nordic que reduza os preços das vacinas. Ela estima que são necessárias 10 milhões de doses na África, sendo um mínimo de 3 milhões para a para a República Democrática do Congo, tida como epicentro da emergência sanitária entre os países africanos.
Desde o início do ano, o continente registrou mais de 17,5 mil casos de contágio da mpox, matando 517 pessoas em 13 países, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da África. (ANSA).
C/Agências