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Cardeal nos EUA acusado de má gestão de caso de abuso sexual

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O cardeal que lidera a resposta da Igreja Católica dos Estados Unidos ao abuso sexual está a ser acusado de má gestão de um caso em que o seu vigário-geral teria coagido uma mulher para um relacionamento sexual. A denúncia contra este que é o presidente da Conferência Episcopal dos EUA, Daniel DiNardo, ocorre a uma semana deste presidir uma reunião de bispos norte-americanos para se adoptarem novas medidas de responsabilização em casos de abuso sexual, diz a agência Associated Press.

A mulher, Laura Pontikes, contou que DiNardo lhe agradeceu por ter feito a denúncia em abril de 2016 e que a apelidou de “vítima”. Contudo, permitiu que o vigário-geral, monsenhor Frank Rossi, regressasse ao ministério numa diocese diferente.

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A arquidiocese alega que o relacionamento foi consensual, que Rossi completou um programa de “renovação”, declarou como falsas as acusações, criticou os artigos da AP e garantiu que a mulher fez exigências financeiras. Mas esta terça-feira, o novo bispo de Rossi colocou-o em licença , após a AP enviar questões sobre uma investigação policial em curso.

Segundo a investigação da AP, Pontikes procurou em 2007 o conselho do vigário-geral da Arquidiocese de Galveston-Houston, durante um período difícil da sua vida. A mulher alega que Rossi a pressionou e a sua família, pedindo milhões de dólares em doações, e que, em 2012, iniciaram um relacionamento sexual, enquanto se reuniam para aconselhamento espiritual.

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Responsáveis da Igreja emitiram um comunicado no qual garantem que o cardeal agiu “de forma rápida e justa” face às alegações feitas. A nota diz que DiNardo concordou em não transferir Rossi na sua arquidiocese e acusou a AP de publicar “reportagens não-profissionais, tendenciosas e unilaterais”. Diz ainda que alguns comentários atribuídos a DiNardo por Pontikes e seu marido, George, são “uma fabricação” e que esta exigiu 10 milhões USD a arquidiocese.

Pontikes reconheceu ter feito essa exigência num acesso de raiva, mas diz que ficou claro desde o início que não estava interessada numa recompensa financeira. O casal e o seu advogado disseram que os detalhes da mediação, incluindo quaisquer negociações financeiras, eram confidenciais.

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Fonte: Lusa

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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