O cantor Bob Dylan, considerado o maior compositor norte-americano de todos os tempos, está a braços com a justiça. O músico, distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, foi processado por suspeita de abuso sexual de uma menor em 1965, quando Dylan tinha 24 anos e a suposta vitima apenas 12.
A queixa foi apresentada na sexta-feira por uma mulher identificada apenas pelas iniciais J.C. e deu entrada no tribunal de Nova Iorque com base na lei “New York Child Victims Act”, aprovada em 2019. O diploma permite que pessoas que foram abusadas em crianças possam processar outras mesmo depois de várias décadas. No caso de Bob Dylan, o processo foi interposto um dia antes do fim do prazo máximo legal disponível.
A suspeita alega, segundo a Agencia France-Presse, que Bob Dylan a agrediu quando tinha 12 anos, durante um período de seis semanas, entre abril e maio de 1965. Conforme a queixa, o cantor “abusou do seu estatuto de músico para fornecer álcool e drogas a J.C. e para a agredir sexualmente em várias ocasiões”. Dylan é ainda acusado de ameaçar fisicamente a menor. A queixosa afirma que Dylan lhe causou “graves danos psicológicos e traumas emocionais”.
Um agente de Bob Dylan não respondeu às questões da AFP. Numa declaração ao jornal USA Today, o porta-voz do cantor afirmou que “a acusação, com 56 anos, é falsa e será vigorosamente combatida”.
Vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2016, por “criar novas expressões poéticas na grande tradição da canção americana”, Bob Dylan é considerado o maior cantor-compositor de todos os tempos.
O artista, com 80 anos, vendeu mais de 125 milhões de álbuns em todo o mundo.
C/Msn.com e Observador.pt